Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
RAMOS, Vânia Pinheiro |
Orientador(a): |
LIMA, Maria Carolina Martins de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8157
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Resumo: |
O transplante é para muitos pacientes sinônimo de melhor qualidade de vida e maior sobrevida; para outros a única chance de sobrevivência. No Brasil, a Lei Federal nº. 9434/97 regulamentou as questões associadas à Disposição Post Mortem de Tecidos, Órgãos e Partes do Corpo Humano para fins de Transplante, delegando ao Conselho Federal de Medicina definir os critérios necessários para o diagnóstico de morte encefálica. O Enfermeiro tem papel decisivo no processo doação-transplante. Objetivo: avaliar o conhecimento dos profissionais médicos e enfermeiros que atuam em Unidade de Terapia Intensiva sobre o diagnóstico de morte encefálica. Profissionais de cinco hospitais de grande porte no Recife foram entrevistados. Metodologia: O estudo foi quantitativo, transversal, descritivo e exploratório, utilizando um questionário composto de 13 perguntas. A amostra foi composta de 108 profissionais de Unidade de Terapia Iintensiva, avaliados acerca do conhecimento sobre o diagnóstico de ME, dos quais 40,7% (n=44) eram do Hospital da Restauração, 20,4% (n=22) do Real Hospital Português, 14,8% (n=16) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, 8,3% (n=9) do Hospital Agamenon Magalhães e 15,7% (n=17) do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). Esses profissionais, em média, possuem 8,2 anos de atuação em Unidade de Terapia Intensiva. As funções mais frequentes dentre os entrevistados foram a de médico assistente (36,1%) e enfermeiro assistente (43,5%) seguidos de médicos em formação (residente - 9,3%), médico e enfermeiro professor/preceptor cada um com 4,6% e enfermeiro em formação (residente) com 1,9%. Resultados: No que diz respeito a quais funções cerebrais devem estar ausentes para uma pessoa ser declarada em morte encefálica, 29,2% dos entrevistados não definiram corretamente esta questão. Sobre a exigência legal brasileira da realização de exame complementar para o diagnóstico de morte encefálica, 89,8% entrevistados a conheciam. Sobre a autoavaliação da segurança para explicar o que é morte encefálica para a família de um paciente, 57,7% dos profissionais julgaram-se nos dois mais alto nível de segurança (escore 4 e 5), 29,9% disseram ter conhecimento médio (escore 3) e apenas 12,1% afirmaram ter baixa segurança. A maioria dos entrevistados (70,4%) respondeu corretamente o único caso clínico apresentado. Sobre o intervalo de tempo entre os dois exames neurológicos, 82,4% dos entrevistados responderam corretamente. Quanto ao horário do óbito verificou-se uma inconsistência entre os participantes do estudo: 64,8% determinaram corretamente, mas em caso de doação, apenas 36,1% responderam corretamente. A quase totalidade dos intensivistas (92,3%) considerava seguro o seguimentodos critérios diagnóstico de morte encefálica. Os participantes indicaram a medida do fluxo sanguíneo cerebral e da atividade elétrica cerebral, os mais adequados para o diagnóstico de morte encefálica. Porém o eletroencefalograma foi o mais assinalado. Em relação ao Termo de Declaração de Morte Encefálica baseado apenas no exame clínico, 17,6% dos intensivistas forneceriam/aceitariam o referido termo. Considerações finais: Esse estudo demonstra que apesar de haver conhecimento teórico básico do diagnóstico de morte encefálica, intensivistas (médicos e enfermeiros) apresentam dificuldade em transpor este conhecimento para a prática diária. Existem dúvidas e equívocos frequentes em situações corriqueira durante a avaliação de morte encefálica que em última instância, podem comprometer todo o processo doação-transplante |