Avaliação do Grau de Aderência Medicamentos em Pacientes com Epilepsia
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16462 |
Resumo: | Introdução: A baixa aderência as DAEs (drogas antiepilépticas) reduz a efetividade do tratamento medicamentoso e também aumenta o risco de estado de mal epiléptico, traumatismos, internações hospitalares, alterações psíquicas e sociais associadas às crises epilépticas não controladas. Métodos: Esta dissertação é dividida em apresentação e quatro capítulos. No segundo capítulo, realizamos uma abrangente revisão da literatura dos últimos 30 anos, dividida em duas partes: Aspectos gerais da aderência ao tratamento e Aderência ao tratamento em epilepsia. O terceiro capítulo, intitulado: Metodologia, esteve dedicado ao detalhamento do método empregado em um estudo de corte transversal e descritivo, que foi realizado no ambulatório de Neurologia do Hospital das Clínicas, com atenção à epilepsia, em 249 pacientes, maiores de 18 anos, em uso de DAE há pelo menos 1 ano, entre o período de outubro a dezembro de 2013, em Recife, Pernambuco. Avaliaram-se nessa amostra os seguintes desfechos: o grau de aderência ao tratamento através do MS (MoriskyScale) e do BMQ-regime (The BriefMedicationQuestionnaire- regime), a incidência de reações adversas das DAEs, através da versão portuguesa-brasileira do LAEP (Liverpool Adverse Events Profile); e se houve associação do MS e BMQ regime com as variáveis demográficas, socioeconômicas e clínico-farmacológicas. Os dados dos pacientes foram plotados no Excel 2007 e analisados pelo programa STATA 12.0. As variáveis categóricas foram descritas utilizando distribuição de frequência e as quantitativas a média com suas variações. Para verificar a associação entre o MS e o BMQ regime utilizou-se, para as variáveis categóricas, o teste do chi-quadrado de Pearson e para as quantitativas o teste de Mann-Whitney, e se adotou p <0,05 como significância presente. O grau de associação foi estimado pelo OddsRatio; e a correlação de Spearmann foi utilizada entre o BMQ regime e MS e versão portuguesa-brasileira do LAEP. O teste de concordância com o índice Kappa foi utilizado entre o MS e o BMQ regime. Para eliminar fatores de confusão foi utilizado um modelo de regressão logística com variável de entrada com p <0,2. Resultados: O quarto capítulo, afeito aos resultados, foi composto por um artigo original, cujo título é: Avaliação do grau de aderência medicamentosa em pacientes com epilepsia, onde se pode observar que: 51,8% dos pacientes eram mulheres (129/249) com a média de idade (36,73±13,9) anos; tempo de epilepsia foi (21,8±14,6) anos; foram pouco aderentes à terapia 77,1%(192/249) pelo MS e 67% (144/200) pelo BMQ regime; a concordância entre o MS e o BMQ foi de 22,5%; o BMQ regime apresentou 72,9% de sensibilidade, quando adotado o MS como padrão-ouro; e que se encontrou associação das variáveis: gênero masculino (p= 0,078) com o MS, renda individual (p= 0,007) e > 1 DAE (p= 0,028) com o BMQ; e tempo de epilepsia < 20 anos [p= 0,02 (MS) e p= 0,004 (BMQ regime)] e LAEP >45 [p= 0,006 (MS) e p= 0,025 (BMQ regime)] com ambos.Conclusões: no quinto capítulo, Considerações Finais, apontamos que um elevado percentual de pacientes não foram aderentes ao tratamento; não houve boa concordância entre o MS e o BMQ regime na identificação de indivíduos não aderentes, porém o BMQ regime apresentou elevada capacidade de identificar não aderência entre os participantes; pacientes com tempo de epilepsia < 20 anos, sexo masculino, LAEP > 45 e em politerapia foram associados à má aderência e renda individual > 1 salário mínimo à boa aderência; e que os fatores inerentes à terapêutica que contribuem para má aderência são plenamente modificáveis quando há um esforço conjunto do médico e do paciente. |