O movimento de cultura popular do Recife (1962-1964) : memórias sobre o projeto de educação de pessoas adultas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: HOLANDA, Stefani Tamires Alves Ribeiro
Orientador(a): CARVALHO, Mário Faria de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46732
Resumo: O presente estudo dimensiona as memórias sobre o processo de alfabetização de pessoas adultas, na cidade do Recife, no período de 1960-1964, a partir da atuação do Movimento de Cultura Popular (MCP). São ressaltadas, assim, as contribuições do Movimento para mobilizar a população em torno da educação e para a transformação social. Neste sentido, a pesquisa articula os movimentos epistêmicos, teóricos e políticos de resgate-reflexão propostos pelo MCP. A seguinte problemática sustentou a pesquisa: Quais os principais sentidos sobre a alfabetização de pessoas adultas mobilizados pelo Movimento de Cultura Popular do Recife, entre os anos de 1962 e 1964? A partir da questão proposta, o objetivo geral da pesquisa consistiu em compreender quais os principais sentidos sobre a alfabetização de pessoas adultas mobilizados pelo Movimento de Cultura do Recife, entre os anos de 1962 e 1964. A abordagem eleita à pesquisa se inscreve em uma perspectiva histórica e qualitativa, buscando a compreensão e interpretações dos fatos e experiências que foram mapeadas. A pesquisa desenvolvida, de cunho documental, articula a compreensão e a interpretação dos documentos, procurando resgatar parte significativa das memórias do Movimento. Os resultados apontam que as ações do Movimento mobilizaram sentidos sobre a alfabetização numa proposta ampla, que rompeu a perspectiva de atos vazios, maquinais, de mera decodificação silábica, no ato de ler e escrever. Tais sentidos envolveram um contexto de lutas sociais, de experiências, sensibilidades e reconhecimento político. Em suma, o sentido sobre a alfabetização, para o Movimento, transcendeu e ressignificou a noção de projeto educativo, consolidando possibilidades outras sobre o fazer pedagógico que podem existir na perspectiva da palavra educ(ação).