Boate Chantecler: a representação da ascensão e do declínio nos espaços de prazer do Recife (1939-1984)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Siqueira, Olívia Tereza Pinheiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36493
Resumo: Tendo em vista a necessidade de trabalhos que enfoquem nas questões de gênero e sexualidade no Brasil, especialmente no que se refere à prostituição, esta pesquisa tem como objetivo a análise de um dos mais famosos cabarés do Recife, a boate Chantecler, desde seu surgimento até o seu suposto declínio definitivo. Por meio das reportagens veiculadas nos periódicos Diário da Manhã e Diario de Pernambuco, perfazemos seu percurso histórico escrutinando o cotidiano deste espaço através de duas vertentes, entre as quais, a realização de uma exposição artística durante a ditadura civil-militar, a Coletiva Chantecler, e a reconstrução de alguns fragmentos biográficos das prostitutas e clientes que frequentavam o local. A justificativa da pesquisa também reside na interligação entre a boate e o último prédio no qual ela funcionava, pois, o edifício em questão é um monumento datado do século XIX e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN desde 1998. Trabalhando com perspectivas ligadas às esferas do gênero, sexualidade e memória, optamos por utilizar múltiplas teorias que subsidiassem e enriquecesse esta discussão. No que se refere às teorias de gênero, três correntes do feminismo foram empregadas: o feminismo eurocêntrico, o feminismo decolonial e o putafeminismo. No campo da sexualidade, acionamos as autoras que trabalham com a historiografia da prostituição em âmbito nacional, nos fornecendo uma discussão sobre o tema e seus desdobramentos dentro da zona meretrícia. Já na área da memória, falamos sobre os embates sofridos pela construção e consolidação da memória coletiva sobre a boate Chantecler e os descasos promovidos pelas instituições na restauração e preservação do edifício. Estando o nosso objeto localizado em uma das principais capitais brasileiras no decorrer da República, a contextualização histórica tanto em âmbito nacional como da cidade do Recife se faz extremamente necessária, para que possamos compreender como o prostíbulo funcionava e resistia as constantes investidas dos órgãos oficiais.