O controle sobre os corpos femininos : a formulação/circulação do discurso sobre o aborto no Instagram

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Érika Camila Veríssimo da
Orientador(a): GRIGOLETTO, Evandra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48405
Resumo: O presente trabalho propõe-se a compreender o funcionamento do discurso sobre o aborto no espaço virtual, especialmente, no Instagram. No intuito de apreendermos o caráter do funcionamento desse discurso, foi essencial a compreensão da relação teórica entre discurso, sujeito e história, proposta pela perspectiva da Análise do Discurso (AD) de linha francesa, fundada por M. Pêcheux e desenvolvida aqui no Brasil por Eni Orlandi e outros estudiosos, a qual funcionará como suporte teórico-metodológico para a realização desta pesquisa. O corpus da pesquisa é formado por sequências discursivas (SD) sobre o aborto que se inscrevem em diferentes Formações Discursivas (FD), que mobilizam sentidos de “crime” e “direito” no espaço virtual. Nesse sentido, investigamos como os discursos antagônicos sobre o aborto fazem funcionar as relações de controle exercidas pelo Estado, pela Igreja e pela sociedade sobre os corpos femininos. Por meio das análises, compreendemos que a circulação de sentidos sobre o aborto no espaço virtual (GRIGOLETTO, 2011) não pode ser desvinculada do espaço empírico, nem do espaço discursivo, visto que o virtual é fruto da formação social capitalista e, como tal, não pode ser desassociado dos demais. Logo, compreendemos que os discursos sobre o aborto que circulam no espaço virtual não são neutros, visto que são determinados pelo “complexo das formações ideológicas”, que fornecem as evidências sobre as práticas de aborto e refletem as contradições de classe, de raça e de gênero.