Vitrine do eu: a construção discursiva de estereótipos de beleza feminina no Instagram

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lauro, Laís Sousa Di
Orientador(a): Bezerra, Josenildo Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44834
Resumo: Esta pesquisa propõe refletir sobre os estereótipos de beleza feminina no aplicativo Instagram. Na cultura contemporânea, é fato que o Instagram se tornou um ambiente que potencializa funções: de uma plataforma de publicação e edição de fotos, transformou-se em um espaço virtual completo, que agrupa diversas possibilidades dentro da mesma interface. O corpo tem destaque nessa rede social. Ele é um elemento da expressão de si; é uma potência explorada pelos diversos ângulos, olhares e possibilidades. Sabemos que as mídias digitais alteraram os comportamentos, hábitos e formas de consumo de informação, de comunicação e de relações sociais. No Instagram, rede social de interesse desta pesquisa, a vida é narrada através de publicações. Em sequência, os posts dessa rede compõem uma vitrine em que o corpo belo feminino é exposto envolto em discursos categóricos de estereótipos de beleza. O corpus desta pesquisa encontra-se nos discursos de beleza propagados dentro do universo do Instagram. Em um cenário que convoca a visibilidade, esta pesquisa propõe analisar a produção discursiva dos estereótipos de beleza feminina no Instagram, utilizando como ferramentas de investigação a arqueogenealogia e a análise do discurso foucaultiana. Além da fundamentação em Foucault (2014a, 2020, 2019), esta pesquisa tem o aporte em Debord (1997), Lasch (1985) e Bauman (2001) no campo social, Castro (2001), Sibilia (2016), Santaella (2018) e Sant’anna (2014) nas noções de corpo e beleza, e Veiga-Neto (2007), Veyne (2011), Gregolin (2015), Fischer (2005) e incontáveis outras vozes que contribuíram para o embasamento teórico deste texto. Foi constatado que o Instagram é uma vitrine onde os corpos belos são expostos; que a sociedade convoca o corpo a se mostrar para existir; entretanto, para que esse corpo tenha o direito de orbitar sob as luzes da rede social, é preciso entrar numa ordem discursiva; que os enunciados produzidos no Instagram resultam na construção de estereótipos de corpo feminino belo e que os corpos que não se enquadram nesses estereótipos são tidos como corpos sem valor, sem forma.