Consumo dietético de ferro como fator preditivo das reservas corporais do mineral, transferrinemia e eritropoiese em pré-escolares de creches públicas do Recife PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Maria Albuquerque Silva, Wanessa
Orientador(a): da Silva Diniz, Alcides
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8728
Resumo: Introdução: A anemia constitui um grave problema de saúde no mundo, afetando principalmente crianças. Fatores dietéticos parecem estar relacionados com a sua gênese. Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de ferro, seus facilitadores e inibidores, na predição da estimativa do status do mineral, em pré-escolares de creches públicas do Recife, PE. Métodos: Corte transversal, envolvendo 124 crianças, de 6-59 meses, de ambos os sexos, aleatoriamente selecionadas de 34 creches públicas do Recife, em 1999. O consumo alimentar foi avaliado pelo recordatório de 24 horas + pesagem direta, sendo a adequação estimada pelas Dietary Reference Intakes (DRI s). O status de ferro foi avaliado pela Hemoglobina (Hb), ferritina sérica (FerS), ferro sérico (FS), capacidade total de ligação do ferro (CTLF), saturação de transferrina (%ST) e protoporfirina eritrocitária livre (PEL). Resultados: 30,0% das crianças apresentaram reservas inadequadas (FerS< 12 ng/mL), 60,0% transferrinemia (%ST< 16%), 67,3% eritropoiese deficiente (PEL> 70 &#956;mol/mol) e 51,0% anemia (Hb< 11,0 g/dL). O consumo diário de ferro foi 5,1mg e de ferro heme 0,6mg. O % de inadequação do Ferro (96%), Vitamina C (66%), e fibras (98%) foi elevado. No entanto, foi reduzido o % de inadequação de proteínas (0%), retinol (6%) e cálcio (28%). Houve correlação entre o consumo de proteínas e ferro heme (r= 0,6) e ferro total (r= 0,4) e entre proteína e cálcio (r= 0,7). O consumo de ferro não mostrou correlação com seus parâmetros. Houve relação entre consumo de proteínas com o FS (r= 0,2), %ST (r= 0,2), CTLF (r= -0,2) e PEL (r= -0,3). Houve, ainda, correlação entre o consumo de retinol e FerS (r= -0,3). Conclusão: A deficiência de ferro e a anemia representam um grave problema de saúde pública na população estudada. O baixo consumo de ferro em uma dieta que não favorece sua biodisponibilidade aumenta a vulnerabilidade desse grupo etário a ferropenia. O consumo de ferro não se mostrou um preditor do status orgânico do mineral sugerindo que outros fatores devem estar envolvidos na etiologia da anemia