Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Marcos Aurélio Ferreira da |
Orientador(a): |
HOFFNAGEL, Marc Jay |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7428
|
Resumo: |
A presente tese tem por objeto de estudo os hábitos e os costumes de uma sociabilidade mundana que se instalava na cidade de Fortaleza na segunda metade do século XIX, em pleno clima de modificações urbanas pelas quais passava a cidade alencarina. Assim, trilhamos um caminho reflexivo sobre a sua convivência social a partir, preferencialmente, das folhas pasquineiras e de um referencial conceptual de uma "História cultural do humor", das práticas sociais cômicas e de um riso de cunho moral e de exclusão. Ou seja, a estrada escolhida foi a prática cômica vivida quotidianamente por indivíduos, que comunicavam e defendiam seus interesses sociais e políticos por intermédio do exercício humorístico e que teve como veículo de comunicação os pasquins pilhéricos, que apesar de se proporem a promover o lazer, traziam consigo um forte discurso de moralização. E a linguagem humorística, insultuosa e pornográfica das pequenas folhas volantes, que funcionou como um instrumento ativo do poder; foi eficaz por usar de um "cômico de palavras" capaz de gerar uma lógica do prazer que tanto excitava quanto docilizava os corpos. Produzia-se, com isso, um tipo de "humor a favor", o "humor costumbrista" ("humor de costumes"), que buscava por meio do riso corrigir, regular e modelar hábitos. Um riso com a função de correção e de flexibilizar o desvio social. Através da prática cômica (caráter éticomoral) se provocava o sentimento de vergonha e de embaraço, para que o elemento desviante (com comportamento não civilizado) ao ser constrangido, consertasse e/ou internalizasse o que esperava e impunha a classe dominante, desejosa que estava de fazer reconhecer como necessária e incontestável a implantação de uma sociedade mais urbana, moderna e ajustada às regras de civilidade |