Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marco Aurélio Ferreira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=60748
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Resumo: |
A presente tese tem por objeto de estudo os hábitos e os costumes de uma sociabilidade mundana que se instalava na cidade de Fortaleza na segunda metade do século XIX, em pleno clima de modificações urbanas pelas quais passava a cidade alencarina. Assim, trilhamos um caminho reflexivo sobre a sua convivência social a partir, preferencialmente, das folhas pasquineiras e de um referencial conceptual de uma "História cultural do humor", das práticas sociais cômicas e de um riso de cunho moral e de exclusão. Ou seja, a estrada escolhida foi a prática cômica vivida quotidianamente por indivíduos, que comunicavam e defendiam seus interesses sociais e políticos por intermédio do exercício humorístico e que teve como veículo de comunicação os pasquins pilhéricos, que, apesar de se proporem a promover o lazer, traziam consigo um forte discurso de moralização. E a linguagem humorística, insultuosa e pornográfica das pequenas folhas volantes, que funcionou como um instrumento ativo do poder; foi eficaz por usar de um "cômico de palavras" capaz de gerar uma lógica do prazer que tanto excitava quanto docilizava os corpos. Produzia-se, com isso, um tipo de "humor a favor", o "humor costumbrista" ("humor de costumes"), que buscava por meio do riso corrigir, regular e modelar hábitos. Um riso com a função de correção e de flexibilização do desvio social. Através da prática cômica (caráter ético-moral) se provocava o sentimento de vergonha e de embaraço, para que o elemento desviante (com comportamento não civilizado) ao ser constrangido, consertasse e/ou internalizasse o que esperava e impunha a classe dominante, desejosa que estava de fazer reconhecer como necessária e incontestável a implantação de uma sociedade mais urbana, moderna e ajustada às regras de civilidade. Palavras-chave: cidade - sociabilidade - controle - humor - vergonha. |