Membrana do biopolímero da cana-de-açúcar no tratamento de feridas cutâneas induzidas, em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: LUCENA, Maurilio Toscano de
Orientador(a): AGUIAR, José Lamartine de Andrade
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10578
Resumo: A pele é frequentemente exposta a traumatismos que podem provocar soluções de continuidade. Quando a perda cutânea é extensa, ocorre um retardo na cicatrização decorrente do processo de organização da ferida e da lenta atividade de reparação das células epiteliais. A utilização de um curativo com função de impermeabilizar a ferida e servir de guia na migração das células epiteliais poderia resultar em proteção, maior velocidade de epitelização e conforto para o paciente. O biopolímero da cana-de-açúcar é um polissacarídeo atóxico e biocompatível, obtido pela síntese de bactérias Gram negativas do gênero Zoogloea pertencentes à família Pseudomonadaceae, a partir do melaço da cana-de-açúcar, que pode exercer função transitória de protetor da ferida e guia para migração de células. Objetivo: Avaliar a eficácia da membrana do biopolímero da cana-de-açúcar no tratamento de feridas cutâneas excisionais induzidas, em ratos. Material e Métodos: Foram utilizados 40 ratos da raça Wistar, de ambos os gêneros, nos quais foram confeccionadas feridas cutâneas pela excisão de dois retalhos de espessura total da pele, na região dorsal. Por sorteio, em uma das feridas, foi aplicada membrana do biopolímero da cana-de-açúcar (grupo experimental) e, na outra, foi realizado curativo convencional, com lavagem com soro fisiológico (grupo controle). Os animais foram submetidos a eutanásia no 7º, 14º, 21º e 40º dias de pós-operatório, para a coleta de material das feridas e cicatrizes para estudo histopatológico e imunoistoquímica. Avaliaram-se a intensidade dos infiltrados inflamatórios polimorfonuclear e linfomononuclear, da fibrose, da fibroplasia e da crosta. Obtiveram-se fotografias digitais das preparações histológicas para determinação da espessura epitelial e contagem do número de vasos neoformados. Resultados: O tempo de cicatrização completa, observado clinicamente, não diferiu entre as feridas que receberam a membrana (21dias) e aquelas que não receberam (20 dias), permanecendo a membrana aderida ao leito cruento por um período médio de seis dias. Na comparação das imagens digitalizadas não foram evidenciadas diferenças estatisticamente significantes no que se refere à área e ao diâmetro médio das áreas cicatriciais, nos momentos avaliados (2o, 7o e 14o dias de pós-operatório), assim como não houve diferença do ponto de vista estatístico, em relação aos parâmetros histopatológicos avaliados nos grupos experimental e controle, apesar de ter sido observado uma menor intensidade do infiltrado inflamatório polimorfonuclear e da fibroplasia, além de uma menor contagem do número de vasos nas áreas cicatriciais das feridas que receberam a membrana. Conclusão: Conclui-se que as feridas onde foi aplicada a membrana do biopolímero da cana-de-açúcar apresentaram, ao estudo histopatológico e morfométrico, características de um processo cicatricial completo e estável, em comparação com aquelas que não receberam a membrana