As duas cabeças de Alexandre: cinema e teatro em dissonância
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27538 |
Resumo: | Comumente descritos como opostos, ou como irmãos e rivais, o cinema e o teatro apresentam uma história cheia de conflitos e desconfianças mútuas. Na busca pela especificidade das formas – uma tônica do modernismo – um panorama disjuntivo foi se criando, a ponto de uma forma ser vista como espelho inverso da outra. Certas falas, pensamentos e práticas parecem mostrar que esse antagonismo dura até hoje, quando tanto se fala em dissolução de fronteiras. Baseada na ideia de que a proximidade entre cinema e teatro (que frequentemente fazem uso de elementos em comum: texto, encenação, luz, cenário, figurino, atores etc.) gera uma espécie de tensão identitária, a tese investiga alguns dos argumentos normalmente usados para demarcar cinema e teatro em campos opostos: o teatro é uma expressão baseada no verbal? O cinema é a dança das imagens? O teatro é o lugar da perspectiva fixa enquanto o cinema é o lugar da perspectiva móvel? O cinema está vocacionado às estéticas do real enquanto o teatro se afirma preferencialmente enquanto construção? O trabalho propõe a metáfora da dissonância para interpretar algumas possibilidades e potencialidades de conjunção entre as duas formas, na qual a distinção não é vista como oposição. A dissonância é proposta como estética de uma convivência que, mesmo sendo áspera (e por isso mesmo), pode produzir formas potentes que desafiam os lugares comuns do cinema e do teatro. |