Amores não monogâmicos : uma análise sobre relações de poliamor, afetividades e individualidades

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: CAVALCANTI, João Paulo Lima
• Orientador(a): QUADROS, Marion Teodósio de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Antropologia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Antropologia; Relações poliamorosas; Família; Monogamia
• Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47565

Este trabalho resulta de uma pesquisa antropológica sobre o fenômeno do poliamor, relações afetivas entre mais de duas pessoas simultaneamente, não necessariamente todos entre si, com o consentimento e conhecimento de todos os envolvidos, cujo discurso ressalta a recusa de regramentos impostos pela monogamia e acaba por questionar a própria ideia de família moderna e seu arranjo conjugal. Para compreender os enlaces poliamorosos,fez-se uso da investigação etnográfica, por meio de entrevistas com cerca de cinco informantes principais, além da utilização de etnografia virtual, o que possibilitou manter contato quase que diário com os membros da comunidade de poliamor de Pernambuco, no período de um ano, mais especificamente de março de 2017 a março de 2018. Foi analisado o momento de auto-reconhecimentode umpoliamorista consoante o exame de rupturas e continuidades com os preceitos monogâmicos. A pesquisa abordou as relações afetivas, identitárias e de gênero estabelecidas entre os ditos poliamorosos, tanto na esfera relacional mais íntima quanto com a rede de sociabilidade na qual estão inseridos. Diante dos resultados obtidos, a pesquisa revelou discrepâncias entre o proferido no discurso poliamorista e a prática verificada de seus adeptos, assim como um liame inexpugnável às determinações monogâmicas. Frisa-se que o exame análogo dessas duas maneiras de se relacionar, à primeira vista distintas, forneceu um panorama geral do que se entende como poliamor, ao mesmo tempo que permite uma análise panorâmica do fenômeno ao compará-lo às uniões monogâmicas.