Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Tarcília Edna Fernandes do
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Orientador(a): |
Fraga, Paulo César Pontes
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Banca de defesa: |
Paiva, Fernando Santana de
,
Oliveira, Amanda Muniz
,
Blanc, Manuela Vieira
,
Helpes, Síntia Soares
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17777
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Resumo: |
Esta tese analisa as relações não monogâmicas consensuais, destacando dois modelos comuns e opostos: poliamor e swing. Enquanto o poliamor envolve múltiplos vínculos amorosos consentidos, o swing envolve casais heterossexuais em interações sexuais com outros casais sem a presença de vínculos afetivos. O estudo analisa grupos de WhatsApp, entre 2020 e 2022, dos dois modelos ativos, bem como observação participante de casas e festas de swing, encontros poliamoristas e relato de caso, sendo revelado padrões de interação e organização fundamentais para o entendimento das práticas. A análise evidencia as divergências e convergências entre os diferentes modelos não monogâmicos. Apresento também as interseções da sociologia com a sexualidade e a definição e a história da monogamia e do amor romântico, destacando sua interconexão com o patriarcalismo, o capitalismo, o cristianismo e os valores sociais. Entre os swingers observa-se pouca preocupação teórica sobre suas práticas, com forte foco na ação sexual, contudo, casais swingers estabelecem limites claros e mantêm uma comunicação aberta para evitar problemas como o ciúme, seguindo regras preestabelecidas que proíbem o desenvolvimento de sentimentos profundos. No capítulo que explora a complexidade do poliamor, suas características, configurações e impactos nas dinâmicas familiares e sociais, observa-se que ser poliamorista envolve adotar uma visão de mundo onde o amor não se restringe a um único parceiro. As configurações poliamorosas variam, desde tríades até redes complexas de relacionamentos, e os acordos entre os envolvidos são fundamentais para definir limites e expectativas, garantindo que as necessidades emocionais e físicas de todos sejam respeitadas. Além disso, o poliamor desafia as noções tradicionais de casamento e família, propondo novas formas de relacionamento. Por fim, são discutidas as disputas em torno do conceito de não monogamia, explorando as diferentes perspectivas e significados atribuídos às práticas não monogâmicas em questão e como essas categorias constroem significados em relação à sexualidade e à identidade de pessoas não monogâmicas. São discutidos diversos modelos de não monogamia consensual, como swing, relacionamento aberto, anarquia relacional, não monogamia política e relações livres. Para tanto, recorro à Gayle Rubin e sua abstração de hierarquia da sexualidade expressa pelo círculo encantado para problematizar a concorrência interna em busca da conceituação de Não Monogamia. |