Paleontologia da Bacia do Araripe, nordeste do Brasil: histórico, evidências marinhas e uma nova espécie de Biválvio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Paula dos Santos Bruno, Ana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6007
Resumo: Neste trabalho é apresentada a evolução do conhecimento paleontológico e as evidências até hoje registradas de paleoambientes marinhos na Bacia do Araripe, nordeste do Brasil, bem como a descrição e análises de isótopos de C e O de uma nova espécie de molusco biválvio, objetivando contribuir para o conhecimento da paleomalacofauna e do paleoambiente da Formação Santana (Eocretáceo). No primeiro trabalho procurou-se reconstituir a história dos primeiros 150 anos do conhecimento paleontológico da Bacia do Araripe e em qual cenário da cultura geocientífica nacional ocorreram as diversas etapas deste desenvolvimento, através da análise de publicações que mencionam sua paleobiota e de relatos históricos. No trabalho seguinte foi realizada uma análise crítica da biota possivelmente marinha dos depósitos cretáceos da Bacia do Araripe registrada na literatura, objetivando oferecer uma visão integrada da ocorrência de organismos indubitavelmente marinhos na bacia, como subsídio para direcionar futuras investigações paleontológicas. Há citações de formas marinhas apenas na Formação Santana (membros Crato e Romualdo), confirmando-se como realmente marinhos somente alguns organismos deste último membro estratigráfico, ainda que mais investigações sejam necessárias para elucidar esta questão. Dessa forma, no último trabalho é efetuado um estudo taxonômico e geoquímico de uma nova espécie de biválvio baquevelídeo proveniente dos estratos mais superiores da Formação Santana (membro Romualdo, Pseudoptera beurleni n.sp.), que revelou ser um habitante de ambientes mixohalinos rasos e bem oxigenados. Pertencendo a um gênero predominantemente tethiano, sem ocorrências assinaladas no Atlântico Sul, P. beurleni possivelmente habitou uma extensão rasa do mar de Tethys, registrada pela deposição de carbonatos de mesma idade nas bacias do Araripe (Formação Santana) e Grajaú (Formação Codó)