Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Jéssica Andresa Bezerra da |
Orientador(a): |
GOMES, Ana Lisa do Vale |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50388
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Resumo: |
Desde a primeira infecção ao vírus SARS-CoV-2, a imunidade humoral tornou-se alvo de estudo dos pesquisadores, com o intuito de compreender o tempo de duração da resposta imune protetora, avaliar o risco de reinfecção e estabelecimento de estratégias de vacinação. Estudos envolvendo outros coronavírus auxiliam na avaliação da cinética de anticorpos da Covid-19 e no entendimento quanto ao papel potencial para a imunoterapia, no entanto, os mecanismos imunológicos contra o SARS-CoV-2 ainda não estão bem definidos em humanos. O objetivo deste estudo foi analisar a cinética de anticorpos IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 em profissionais de saúde sintomáticos para COVID-19 do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com delineamento longitudinal, realizado com profissionais de saúde atuantes na linha de frente no combate à COVID-19 e que apresentavam qualquer sintoma associado à síndrome gripal. Para a coleta de dados foi utilizado a Ficha de Registro Individual - Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave Hospitalizado disponibilizada pela Secretaria de Saúde do município e foram coletadas amostras sorológicas nos meses de junho, julho e outubro de 2020. Os resultados dos níveis séricos de IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 foram obtidos pelo teste imunoenzimático ELISA e organizados em ordem crescente a partir do intervalo de dias e semanas entre a data do início dos sintomas e a data da coleta sorológica para a análise laboratorial. O intervalo mínimo e máximo entre o início dos sintomas e a coleta foram de 10 e 212 dias. A amostra foi caracterizada por 21 profissionais de saúde, com idade entre 26 e 50 anos (± 38,1 anos), 12 (57,1%) pertenciam à categoria profissional de enfermagem e a obesidade foi a condição mais prevalente, seguido por hipertensão, diabetes e asma. Sintomas como dor de cabeça, anosmia, astenia, ageusia, febre e mialgia foram comumente relatadas no início da doença. Os anticorpos IgA positivos foram detectados no intervalo mínimo de 10 dias com posterior declínio ao longo da segunda e terceira coletas, semelhante à dinâmica da resposta imune humoral em infecções virais SARS-CoV. Alguns participantes apresentaram aumento nos níveis séricos de IgA, que poderia ser atribuído a casos de reinfecção ou uma resposta do anticorpo a outros gêneros de coronavírus. Além disso, os níveis de anticorpos IgA positivos foram detectáveis por aproximadamente 07 meses, provavelmente correspondendo a uma nova característica da manifestação da imunidade humoral em resposta à infecção ao SARS-CoV-2. Os anticorpos IgG também foram detectados no início da doença com posterior aumento ao longo da segunda e terceira coletas, semelhante a resposta imune humoral do vírus SARS-CoV. Os títulos de IgG positivos mantiveram-se detectáveis por aproximadamente 07 meses contribuindo para a memória imunológica. O estudo possibilitou identificar uma heterogeneidade na magnitude das respostas, no entanto, ainda não está claro por quanto tempo os anticorpos promoverão imunidade protetora contra infecção secundária do SARS-CoV-2, sugerindo a continuidade das análises, com diferentes alvos imunológicos e incorporando também as respostas frente as induções artificiais de imunidade, como as vacinas. |