Avaliação dos títulos de imunoglobulinas anti sars-cov-2 em profissionais de saúde antes e após vacina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, José Hélio Luna da
Orientador(a): ARAÚJO, Alice Valença
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50462
Resumo: A Coronavirus Disease-19 (COVID-19) é uma doença causada pelo vírus de RNA denominado SARS-CoV-19 (do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome CoronaVirus). Sabe-se que a administração de vacinas tem como uma das principais funções a indução de anticorpos neutralizantes e se tratando especificamente da COVID- 19, as principais imunoglobulinas que se destacam frente a uma resposta imune ao SARS-Cov-2 são: IgM, IgG e IgA. Atualmente, a imunização da população e profissionais de saúde é considerada a única ferramenta eficaz para o controle da pandemia. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi quantificar e avaliar associações sociodemográficas dos títulos de IgG contra o SARS-CoV-2 antes e após vacinação em profissionais de saúde de um município do interior de Pernambuco. O presente estudo se deu no município da Vitória de Santo Antão-PE e contou com a participação de profissionais que estavam vinculados diretamente à Secretaria de Saúde do município e em exercício profissional. Foram realizadas coletas sorológicas entre o período de março à maio de 2021, a primeira se deu antes do recebimento da vacina e a segunda após o recebimento do imunizante (a coleta pós-vacina ocorreu entre 19 e 79 dias após administração do imunizante), para posterior análise sorológica. Os valores de referências foram classificados como negativos quando as proporções de anticorpos: negativo <0,8, inconclusivos ≥ 0,8 a <1,1 e positivos quando a razão era ≥1,1. Participaram da pesquisa 20 (vinte) indivíduos com idade entre 22 e 54 anos (média de 33,2±8,5 anos). Após a 2a dose da vacina Coronavac (Sinovac Life Sciences), 95% (n=19) dos participantes estavam produzindo imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 e apenas 1 indivíduo apresentou resultado inconclusivo após receber as duas doses do imunizante. Foi encontrado aumento dos títulos de anticorpos depois da vacina, quando comparados aos títulos antes da vacina para todas as categorias profissionais. Encontrou-se diferença estatística nos níveis de IgG dos profissionais que disseram ter tido sintomas da COVID-19 (n=8), apresentaram média do valor de IgG 2,164 ± 1,625 antes da vacina e 4,708 ± 2,420 após administração do imunizante versus os que relataram não apresentar (0,3825 ± 1,015 antes da vacina e 3,827 ± 1,763 após a vacina). Não foi encontrada diferença estatística por faixa etária e nem foi observada correlação entre os títulos de IgG e o intervalo de dias entre a segunda dose do imunizante e a coleta pós vacina. Não observou-se significância estatística nos níveis de IgG dos profissionais de saúde antes e após vacina dos que informaram apresentar comorbidades versus os que não relataram. Pode-se concluir que uma frequência alta de profissionais de saúde 95% produziu imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 após as duas doses da vacina. Diante desses desses resultados, destaca-se a importância da quantificação dos títulos de imunoglobulinas para avaliar as vacinas que estão sendo comercializadas contra COVID-19. Esses achados corroboram com estudos publicados a respeito da indução da resposta imune humoral induzida pela CoronaVac.