Reconhecimento étnico e políticas públicas de desenvolvimento agrário o caso dos agricultores quilombolas da comunidade do Timbó em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SILVA JÚNIOR, José Alfredo da
Orientador(a): MEDEIROS, Bartolomeu Tito Figueiroa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1084
Resumo: Entender as formas de articulação entre atores sociais no processo de identificação e reconhecimento de comunidades quilombolas, bem como relacionar este processo com a aplicação de políticas públicas em uma comunidade negra rural de Pernambuco, compreende o principal foco analítico deste trabalho. A partir deste objetivo, será aqui apresentado um estudo reflexivo sobre a perspectiva conceitual das categorias de camponês e agricultor familiar, trabalhadas pela sociologia rural, na sua relação com o conceito antropológico de comunidade quilombola. Buscarei identificar como estes conceitos e categorias estão sendo incorporados pelas atuais políticas de desenvolvimento rural no país, e quais as conseqüências oriundas da implementação destas políticas para com o grupo étnico em questão. Neste sentido, foi possível identificar que muitas famílias de agricultores quilombolas passam a assumir estrategicamente identidades diferenciadas para conseguir acessar determinadas políticas governamentais, em um contexto no qual o debate conceitual que permeia a definição de camponês e agricultor familiar demonstra ser travado num forte campo de disputas ideológicas. Transportando esta discussão para o campo prático das relações pesquisadas, defende-se o pressuposto de que a conquista de direitos, na forma de políticas públicas, não é determinada somente pela legitimidade da identidade étnica do grupo, mas sim pelo nível de atuação e articulação que as lideranças e agricultores quilombolas adotam perante a própria política governamental