Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Camila dos Santos |
Orientador(a): |
SILVA, Maria da Paz Carvalho da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19713
|
Resumo: |
Nas últimas décadas tem-se verificado avanços significativos envolvendo estudos fitoquímicos e farmacológicos de plantas medicinais visando obter novos compostos com propriedades terapêuticas. A palma forrageira, Opuntia fícus indica (Cactaceae), é rica em hidratos de carbono complexos (fibras solúveis, mucilagens, celulose) polifenois (em particular flavanóides, como quercetina e kaempferol), carotenoides, vitaminas C e E entre outros, fazendo com que esta planta apresente várias propriedades terapêuticas. O presente trabalho teve como objetivo detectar compostos fenólicos, avaliar a atividade antimicrobiana e antioxidante, como também a toxicidade aguda em ratos Wistar da mucilagem de cladódios de Opuntia fícus indica. A princípio foi realizada dosagem de compostos fenólicos (polifenóis e flavonoides). A atividade antimicrobiana foi realizada pelo método de microdiluição em placa de 96 poços para determinar a CMI (concentração mínima inibitória) e CMB/CMF (concentração mínima bactericida ou fungicida), os seguintes micro-organismos foram utilizados: Staphylococcus aureus (ATCC6538); Micrococcus luteus (ATCC2225); Bacillus subtilis (UFPEDA-16); Pseudomonas aeruginosa (UFPEDA-39); Mycobacterium smegmatis (UFPEDA-71); Enterococcus faecalis (ATCC6057); Escherichia coli (ATCC25922); Serratia sp (UFPEDA-398); Candida albicans (UFPEDA-1007); Staphylococcus aureus (CI, 731UFPEDA, Secreção de ferida-HC, ORSA), Pseudomonas aeruginosa (CI, 736-UFPEDA, Secreção de ferida -HC), Enterobacter aerogenes (CI, 739-UFPEDA, Secreção de ferida HC), o extrato foi testado com concentrações entre 2000 a 3,9 μg/ml. A atividade antioxidante foi detectada pelo método ABTS, DPPH e capacidade antioxidante total. A toxicidade letal foi estimada usando Artemia salina e para a determinação da toxicidade aguda (in vivo) foram utilizados ratos Wistar, machos, que receberam por via oral a dose única de 2000 mg/kg da mucilagem de palma forrageira e foram avaliados por um período de 14 dias. Os resultados demonstraram que o conteúdo de polifenóis foi de 64,9 ± 0,6 μg/ml e flavonoides 31,8 ± 0,4 μg/ml. Resultados significativos foram encontrados para a atividade antioxidante: a percentagem de inibição ABTS foi 98,40 ± 0,40% após 120 min, equivalentes ao TEAC de 2.173,30 ± 8,80 μM Trolox, percentagem de inibição da formação de radicais DPPH foi 64,03 ± 7,8% e capacidade antioxidante total foi 48,42 ± 0,3% equivalente ao ácido ascórbico e 67,2 ± 0,4% equivalente ao ácido gálico. A mucilagem de palma forrageira mostrou atividade antimicrobiana contra: Micrococcus luteus (CMI= 1000 μg/ml e CMB= 2000 μg/ml), Mycobacterium smegmatis (CMI= 500 μg/ml e CMB= 2000μg/ml); Pseudomonas aeruginosa e Pseudomonas aeruginosa – IC ambas exibiram CMI de 2000 μg/ml e não apresentaram CMB. A mucilagem também foi ativa contra Candida albicans (CMI= 1000 μg/ml e CMF= 2000μg/ml). A toxicidade letal (CL50) para Artemia salina foi 584,11 μg/ml. No teste de toxicidade aguda in vivo não mostrou sinais de intoxicação e nem alterações fisiológicas, com DL50 (dose letal mediana) estimada maior que 2000 mg/kg (classe GHS 5 da OECD). A partir dos resultados obtidos, concluiu-se que a planta estudada é uma potencial fonte de compostos bioativos, sendo promissores em estudos visando à obtenção de novos agentes antimicrobianos e antioxidantes naturais com baixa toxicidade. |