Ceratite infecciosa, endoftalmite e avaliação da formação de biofilme fúngica e nova formulação antiséptica para lentes de contato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: LEITE, Elvislene Camêlo Soares
Orientador(a): NEVES, Rejane Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29362
Resumo: A ceratite e a endoftalmite fúngicas, são clinicamente de caráter oportunista e multifatorial, podendo conduzir danos irreparáveis como perda da visão e do globo ocular. Assim esta pesquisa objetivou diagnosticar oculomicoses, avaliar os agentes etiológicos quanto à capacidade de formar biofilme em lentes de contato e testar três novas formulações como anti-biofilme. De Fevereiro/2011 a Maio/2012, pacientes atendidos em serviço oftalmológico de Recife-PE que apresentavam lesões sugestivas de micose, foram submetidos à coleta de raspados de córnea para diagnóstico micológico. As amostras foram coradas com Gram e Giemsa para exame direto e semeadas em ágar sangue bem como ágar Sabouraud e BHI. Foram diagnosticados 73 casos de oculomicoses através de exame direto, contudo o isolamento dos agentes ocorreu em 15(20,5%) casos. As espécies isoladas incluíram Fusarium solani 9(60%), F. oxysporum 4(26,6%), Aspergillus fumigatus 1(6,67%) e A. parasiticus 1(6,67%). O acometimento da micose ocorreu em ambos os sexos e variadas profissões, sem diferença significativa. O tratamento de escolha foi anfotericina B, com sucesso em 50% dos casos. Ceratoplastia penetrante foi realizada em 8(53,0%) casos, recobrimento conjuntival em 7(47,0%) e dois casos submetidos a evisceração. Todos os isolados formaram biofilme nas lentes, com destaque para uma formulação que promoveu a morte das células fúngicas após 24 horas de exposição. A capacidade de formar biofilmes por fungos conduz a quadros clínicos severos, tornando essencial o diagnóstico precoce além da busca por novas formulações anti-biofilmes.