Estudo do efeito protetor do tirosol em modelo experimental da gengivite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: RAMOS, Adriano Costa
Orientador(a): GODOY, Gustavo Pina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Odontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41438
Resumo: A gengivite é uma inflamação autolimitante localizada nos tecidos gengivais que não acomete o periodonto de sustentação. Várias formas de tratar a gengivite são conhecidas. Desde a remoção mecânica do biofilme dentário até a utilização de medicamentos para controle da infecção e inflamação. O tirosol, conhecido como álcool p-hidroxifenetílico, é um composto fenólico que possui muitas propriedades positivas, principalmente associadas ao seu potencial de eliminação de espécies reativas de oxigênio (ERO’s). Diante do que foi exposto, o objetivo deste trabalho foi demonstrar o efeito protetor do tirosol em modelo experimental da gengivite. Para avaliação deste efeito protetor foram analisados desde aspectos toxicológicos até antiinflamatória, antimicrobiana e enzimática. O Tirosol foi extraído do azeite de oliva (Olea Europaea L.) a partir de um extrato seco liofilizado e ultra processado. A atividade antioxidante da espécie vegetal foi determinada através do ensaio de captura de radicais DPPH˙. Para a avaliação da toxicidade aguda o composto tirosol foi testado de acordo com o protocolo experimental Guideline 423 (OECD 423; 2016). Foram utilizados 20 camundongos Swiss. Nos testes histológicos e enzimáticos foram utilizados 25 ratos winstar machos. Estes foram divididos em animais sadios, animais com a gengivite e animais com gengivite tratados com tirosol nas concentrações de 3, 15 e 30mg/kg. Após o tratamento dos animais, as amostras coletas foram processadas e analisadas. O tirosol foi avaliado segundo a atividade antimicrobiana através da análise de Concentração Mínima Inibitória (CMI) e Concentração Mínima Biocida (CMB) utilizando cepa de Streptococcus mutans UFPEDA 766. O tirosol apresentou-se seguro nos testes de toxicidade. Histologicamente os animais tratados com a concentração de 30mg/kg não apresentaram elevada concentração de infiltrado inflamatório e seu reparo tecidual se assemelhou ao grupo controle. Nos animais tratados com o tirosol houve aumento das enzimas antioxidantes catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) em relação ao grupo com gengivite. Não houve resposta antimicrobiana do tirosol frente a cepa analisada. Conclui-se que o tirosol possui segurança toxicológica podendo ser promissor antioxidante e anti-inflamatório em terapias gengivais.