“O que vou ser quando crescer?”: a divisão sexual do trabalho na socialização das mulheres e em suas escolhas profissionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: DIAS, Tânia Lúcia Farias
Orientador(a): TAVARES, Celma
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Direitos Humanos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30584
Resumo: Desde a infância as mulheres são socializadas de modo a saberem os lugares que devem (e podem) ocupar enquanto mulher na sociedade capitalista e patriarcal. O sistema patriarcal, que se alastra em todos os âmbitos nos quais as mulheres estão inseridas, as coloca em situação de subordinação; seja na esfera familiar, na formação escolar e profissional, na maneira de exercer e expressar a sexualidade, no trabalho ou demais relações sociais. Nesse sentido, o presente trabalho propõe investigar as motivações das escolhas profissionais de meninas adolescentes, considerando a socialização desigual entre homens e mulheres, baseadas nas relações sociais de sexo e na divisão sexual do trabalho. Neste sentido, a pesquisa direciona-se a partir do chamado feminismo materialista, assim como de sua categoria fundamental, a divisão sexual do trabalho (CISNE, 2012; KERGOAT, 2009; HIRATA, 2010). O estudo se realizou através de uma pesquisa qualitativa junto a meninas vestibulandas de duas escolas do Recife, uma de caráter público e outra de caráter privado, no intuito de agregar especificidades como classe e raça. A coleta de dados ocorreu através da observação não participante; análise documental; questionário; e entrevista semiestruturada junto a quinze estudantes de cada uma das duas escolas; e os dados obtidos foram analisados através da técnica da análise de conteúdo. Os resultados apontam para a necessidade de avanços no que diz respeito às desigualdades existentes na socialização e educação de meninas, que as restringe, na maioria das vezes, a profissões relacionadas à divisão sexual do trabalho ou influencia as motivações de suas escolhas profissionais.