Modelo experimental de paralisia cerebral: implicações do treinamento físico de resistência sobre atividade locomotora, coordenação motora e força muscular em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MONTEIRO, Luana de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33529
Resumo: A paralisia cerebral é uma alteração não progressiva atribuída ao cérebro imaturo, cuja heterogeneidade de sintomas causa prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito do treinamento resistido na atividade locomotora, força e coordenação em um modelo experimental de Paralisia Cerebral (PC). Ao nascimento, os filhotes foram submetidos a anóxia no P0 e P1 de vida e posterior restrição sensório-motora (P2 a P28), dividindo-se em Controle (C, n= 25) e Paralisia Cerebral (PC, n= 25). Dos 29 até os 61 dias, os ratos foram adaptados e realizaram treinamento resistido, subdivididos em 4 grupos: Controle (C, n= 12), Paralisia Cerebral (PC n= 12), Treinado (T, n= 13) e Paralisia Cerebral Treinado (PCT, n= 12). O treino consistiu na subida dos animais em uma escada, por 4 semanas, carga progressiva, calculada a partir de um teste de sobrecarga máxima semanal. Todos os grupos foram analisados quanto a parâmetros da atividade locomotora, aos 8, 14, 17, 21, 28 e 62 dias de vida. Aos 14, 17, 62 dias, realizou-se o teste de força e aos 65 dias, fez-se o teste de coordenação motora, através do Rotarod. Os animais, então, foram sacrificados e os músculos sóleo e EDL coletados para posterior pesagem. Na análise da atividade locomotora, aos 62 dias de vida pós-natal, houve umento da distância percorrida, velocidade média e potencia média, bem como aumento no tempo na área 2 e diminuição do tempo na área 3 do campo aberto no grupo T comparado ao grupo C (p<0,05). Houve aumento na distância percorrida, potência média, e no tempo na área 1 do campo aberto por parte do grupo PCT comparado ao grupo PC (p<0,05), indicando redução da ansiedade, no animal. Houve redução da força muscular do grupo PC comparado ao C, aos 14 e 17 dias de vida pós-natal (p<0,05). Aos 65 dias de vida pós-natal, houve diminuição da força muscular no grupo PC comparado ao grupo C e no grupo PCT comparado ao grupo T (p<0,05). Houve aumento na força muscular do grupo T comparado ao C e no grupo PCT comparado ao grupo PC (p<0,05). A coordenação motora diminuiu no grupo PC comparado ao grupo C e aumentou no grupo PCT comparado ao grupo PC aos 65 dias de vida pós-natal (p<0,05). Houve redução no peso dos músculos no grupo PC comparado ao C e no grupo PCT comparado ao T; grupo PC comparado ao C aos 65 dias de vida pós-natal (p<0,05).Portanto, o treinamento resistido aumentou parâmetros da atividade locomotora, força e coordenação.