Modelo experimental de paralisia cerebral: implicações da desnutrição perinatal sobre atividade locomotora e metabolismo proteico muscular em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SILVA, Kássia de Oliveira Gomes
Orientador(a): TOSCANO, Ana Elisa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14052
Resumo: A Paralisia Cerebral (PC) é uma das maiores causas de disfunção motora crônica na infância e a desnutrição no período de gestação e lactação é caracterizada por apresentar danos aos circuitos neurais, com efeitos no crescimento e comportamento alimentar e deficiências na musculatura esquelética. A PC e a desnutrição podem estar associadas em populações de países subdesenvolvidos, onde a oferta de nutrientes é escassa e a quantidade de crianças com PC é expressiva. O objetivo deste estudo foi verificar, em um modelo de paralisia cerebral experimental, o efeito da desnutrição sobre a atividade locomotora e o metabolismo de proteínas miofibrilares (MuRF-1 e Atrogin-1). Ratas gestantes foram divididas em dois grupos de acordo com a dieta fornecida: Normonutrido (N, n=9) e Desnutrido (D, n=12). Após o nascimento, os filhotes foram subdivididos em quatro grupos experimentais: Normonutrido Controle (NC, n=16), Normonutrido PC (NPC, n=21), Desnutrido Controle (DC, n=20) e Desnutrido PC (DPC, n=18). Os animais dos grupos com Paralisia Cerebral foram submetidos à anóxia perinatal no dia do nascimento (P0) e no dia seguinte (P1) com fluxo de 9l/min de Nitrogênio (N2 99,9%) por um período de 12 minutos cada dia, e à Restrição sensório-motora do 2º ao 28º dia de vida pós-natal (P2 ao P28), utilizando uma órtese de epóxi presa ao quadril do animal, por um período de 16 horas cada dia, de modo a manter suas patas posteriores estendidas. A atividade locomotora dos animais de todos os grupos foi analisada aos 8, 14, 17, 21 e 28 dias de vida pós-natal. Aos 29 dias foram coletados os músculos sóleos dos animais para análise de proteínas miofibrilares MuRF-1 e Atrogin-1. Animais com PC apresentaram redução do peso corporal (p<0,001) e piora de vários parâmetros da atividade locomotora (p<0,05) comparando com seu grupo controle. A desnutrição reduziu o peso corporal (p<0,05), a potência média e o gasto de energia (p<0,05) e a massa muscular do Sóleo (p<0,001). A Expressão de Atrogin-1 não se mostrou alterada em nenhum grupo enquanto a de MuRF-1 esteve aumentada no grupo DPC. A PC promove atrofia muscular e diminuição da locomoção. Quando associada à desnutrição, a atrofia muscular é acompanhada de aumento da degradação proteica muscular.