Música e o ensino de química: abordando o conceito de calor por meio da teoria dos perfis conceituais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SOUZA, Isaac Bruno Silva
Orientador(a): SIMÕES NETO, José Euzébio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao em Ciencias e Matematica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39281
Resumo: A presente pesquisa se propõe a analisar as potencialidades da utilização da canção, a partir da relação entre Ciência e arte, para a aprendizagem do conceito de calor em uma turma do 2° ano do Ensino Médio em uma Escola de Referência em Ensino Médio na cidade de Caruaru, agreste pernambucano. Para coleta de dados, elaboramos uma intervenção didática estruturada em cinco etapas, a saber: discussão inicial sobre o conceito de calor, apresentação das canções e paródias elaboradas pelos estudantes, aula dialogada, apresentação de uma nova versão das canções ou paródias elaboradas pelos estudantes e, por fim, entrevista semiestruturada. Como instrumento de coleta de dados, utilizamos as letras das canções e paródias elaboradas por cada grupo e a gravação em vídeo e em áudio para registrar as falas dos estudantes. Por meio da transcrição dessas gravações e dos registros escritos, buscamos identificar os diferentes modos de pensar, a partir das formas de falar, relacionadas ao calor. Esses modos de pensar podem ser representativos de alguma(s) zona(s) desse perfil conceitual. A análise dos dados na primeira etapa, nos mostrou a emergência de todas as zonas, sendo predominante a zona calor como sensação térmica. Da mesma forma, o conjunto das canções e paródias elaboradas revelou a emergência de todas as zonas, no entanto, nenhuma delas abordou as cinco zonas simultaneamente. Entretanto, após a discussão sobre os diversos modos de pensar e formas falar o calor durante as aulas, na etapa de apresentação da nova versão das canções e paródias, cada grupo conseguiu incorporar novos modos de pensar, sejam eles científicos ou não científicos. O Grupo 1 conseguiu incorporar as zona calor como temperatura alta e calor como substância, passando a contemplar todas as cinco zonas do perfil conceitual de calor na letra da composição; o Grupo 2 acrescentou as zonas calor como movimento e calor como energia, considerando um total de quatro, zonas e o Grupo 4 incorporou as zonas calor como substância e calor como movimento, alcançando um total de três, o que nos indica que houve o enriquecimento das zonas de perfil conceitual em todos os grupos. Além do mais, os estudantes que participaram da entrevista buscaram, na maioria das vezes, conceituar o calor como energia e conseguiram reconhecer os diferentes significados atribuídos ao calor nas letras das canções e paródias, o que também nos dar indícios da tomada de consciência do contexto em que significado assume valor pragmático. Com isso, consideramos que a utilização da canção, em um contexto de relação entre Ciência e arte, contribui para a aprendizagem do conceito de calor, considerando a perspectiva da Teoria dos Perfis Conceituais.