Efeito da amamentação e gestação em camundongos sensibilizados com antígeno solúvel do verme de Schistosoma mansoni (SWAP), na resposta imune dos descendentes adultos
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17559 |
Resumo: | Descendentes adultos de mães esquistossomóticas demonstraram alteração da imunidade para antígenos homológos e heterólogos, devido á gestação ou amamentação nestas mães. A gestação em descendentes, sob infecção pós-natal concomitantemente imunizados com OA(ovalbumina)+adjuvante, demonstrou maior número de granulomas e alta deposição de colágeno enquanto que a amamentação diminuiu o tamanho. Para o antígeno heterólogo, ambas a gestação e a amamentação levaram à imunossupressão anti-OA. Contudo, sabe-se pouco sobre os efeitos da sensibilização materna com antígenos parasitários do verme do S. mansoni (SWAP). Aqui, as mães foram sensibilizadas com SWAP e foi avaliada a imunidade em descendentes nascidos e/ou amamentados. Para isto, descendentes adultos foram divididos em: animais nascidos de mães sensibilizadas e amamentados em mães não-sensibilizadas (MI), animais nascidos em mães não-sensibilizadas e amamentados em mães sensibilizadas (AI) ou nascidos e/amamentados (MIAI) em mães sensibilizadas e mães não-sensibilizadas (Controle). Estes descendentes foram infectados (80 cercárias de S. mansoni) e uma parte foi imunizada com OA+adjuvante. Realizou-se a dupla marcação para linfócitos T e coestimulatórias (CD4 e CD28, CD154 ou CTLA-4) e macrófagos (CD14 e CD40) em esplenócitos, sob estimulação com OA ou mitógeno (ConA). Foi realizada a dosagem das citocinas (IL-4, IL-10, IL-5 e IFN-γ), e anticorpos IgG1 e IgG2a anti-SWAP e antiOA, bem como a histomorfometria do granuloma hepático. Em relação ao Controle, os grupos AI e MIAI, sob infecção pós-natal apresentaram menor grau de fibrose e não houve diferença no grupo MI. Houve maior produção de IL-10 nos grupos MIAI, AI e MI, com diminuição de IL-5 e maior frequência de células CD14+CD40+ no primeiro e menor produção de IFN- e maior frequência de células CD4+CD28+ no segundo. No grupo MI, houve maior frequência basal de células CD4+CD28+ e CD14+CD40+, porém estiveram diminuídas em resposta ao mitógeno. Houve maior produção de isótipo IgG2a anti-SWAP em todos os grupos experimentais e de IgG1 anti-SWAP apenas no grupo AI.Para a imunidade anti-OA, no grupo MIAI, houve maior frequência de células CD14+/CD40, menor produção de IL-5 sem diferença na produção de anticorpos anti-OA. Amamentação induziu maior frequência de células CD4+/CD28, CD4+/CTLA-4, CD14+/CD40, maiores níveis de IL-4 e menos IFN-γ basal e em resposta à OA e maior produção de IgG1 anti-OA. A gestação induziu maior frequência basal de células CD14+/CD40+ e menor frequência em resposta à OA e ConA, maiores níveis de IL-4, em resposta à OA, sem diferença para IFN-γ. Em resposta ao mitógeno, menos células CD4+CD28+, alta frequência de células CD40/CD154, e altos níveis de IL-10. Assim, a amamentação, e não a gestação, em mães sensibilizadas com SWAP, seguida de infecção pós-natal ameniza a inflamação granulomatosa. Para o antígeno heterólogo, ambos gestação e amamentação desviam a resposta para Th2, porém a amamentação melhora os status de ativação de linfócitos e macrófagos, acompanhada de melhor resposta de anticorpos anti-OA. |