Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Cavalcanti, Marília Gabriela dos Santos |
Orientador(a): |
Alves, Luiz Carlos,
Santos, Fábio André Brayner dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3961
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Resumo: |
Uma alternativa para identificar a base de processos críticos necessários ao estabelecimento do parasito no hospedeiro é enfocar o estágio responsável pela invasão primária, ou seja, a estrutura infectante. O principal objetivo do trabalho foi realizar uma caracterização ultra-estrutural da cercária de Schistosoma mansoni, através de técnicas citoquímicas. Para a identificação de lipídios saturados e insaturados foi utilizado, respectivamente, as técnicas de Filipina e do Tampão Imidazol, para localização de proteínas básicas foram empregadas as técnicas do Ácido Fosfotúngstico (PTA) e da Prata Amoniacal. Para localizar sítios de cálcio utilizamos a técnica descrita por Hepler (1980) e para evidenciar grupamentos aniônicos empregamos ferritina cationizada além do tratamento enzimático com tripsina, condroitinase e neuraminidase de Vibrio cholerae. Foi observada a presença de lipídios insaturados de formato globular em toda a região externa da larva infectante, tegumento, glândula da cabeça, glândula pré-acetabular e corpos de inclusão. Utilizando a técnica de filipina, identificamos a presença de colesterol delimitando vários compartimentos da larva e também no tegumento, músculo e membranas de células subtegumentares. Através da técnica de PTA foi identificada a presença de proteínas básicas no tegumento, núcleo e nucléolo de células subtegumentares, corpos de inclusão e glândulas pré-acetabulares. Já na prata amoniacal, identificamos forte marcação em toda larva infectante além de marcações no núcleo das células musculares, tecido muscular circular e glândulas pré-acetabulares. A localização de sítios de cálcio mostrou-se bastante uniforme, demarcando os espaços internos da larva, principalmente, o tecido muscular da larva. As amostras tratadas com ferritina cationizada apresentaram uma forte marcação em nível cuticular. O tratamento das amostras com a neuraminidase não alterou o padrão de marcação dessas partículas na superfície do trematóide. Porém, o tratamento com tripsina ou condroitinase resultou numa ausência de marcação na superfície da larva. O esclarecimento da composição bioquímica da larva infectante de S. mansoni fornece dados para um melhor entendimento a respeito da biologia do parasito bem como a intrigante relação parasitohospedeiro, além de contribuir para um possível controle químico. |