Determinação do perfil de resposta imune de camundongos nascidos ou amamentados em mães infectadas pelo Schistosoma mansoni

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: d Emery Alves Santos, Patrícia
Orientador(a): Malagueno de Santana, Elizabeth
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7174
Resumo: O Schistosoma mansoni induz imunossupressão a antígenos homólogos e heterólogos no hospedeiro. Em áreas onde a esquistossomose é endêmica, é comum observar gestantes cronicamente infectadas. Atualmente, todas as espécies de Schistosoma infectam aproximadamente 40 milhões de mulheres em idade fértil no mundo, e já é sabido que a exposição in utero aos antígenos do parasita provoca alterações na resposta imune do recémnascido que podem afetar respostas subseqüentes a antígenos homólogos. Neste estudo, investigamos se a exposição à infecção materna por Schistosoma mansoni pode influenciar a resposta imune dos descendentes a um antígeno heterólogo, ovalbumina (OVA). Camundongos adultos nascidos e/ou amamentados em fêmeas infectadas pelo S. mansoni foram utilizados para formação de três grupos experimentais: filhotes nascidos (MI), amamentados (AI) ou nascidos e amamentados (MIAI) em mães infectadas, e um grupo controle: animais nascidos e amamentados em mães não-infectadas. Os animais foram imunizados s.c. com OVA em adjuvante e após 8 dias, foram desafiados no coxim plantar com OVA agregada para análise das reações de hipersensibilidade e dosagem plasmática de IgG1 e IgG2a OVA-específica. As células esplênicas foram cultivas para quantificação das citocinas IL-2, IFN- , IL-4 e IL-10 nos sobrenadantes. Em comparação ao grupo controle, as respostas humoral e celular anti-OVA foram potencializadas nos animais MIAI+OVA, enquanto que nos animais AI+OVA esta potencialização foi melhor observada na produção de anticorpos anti-OVA. Nestes dois grupos ocorreu um aumento na produção de IL-2. Por outro lado, os animais MI+OVA apresentaram uma alta produção de IL-10. Mesmo assim, a resposta imune anti-OVA neste grupo só foi parcialmente suprimida. Com base nestes resultados, concluímos que filhotes de mães esquistossomóticas podem sofrer na vida adulta alterações na sua resposta imunológica a um antígeno heterólogo, adquirindo um potencial supressivo através da gestação, mas que com a amamentação vai se tornando mais eficaz. Esses resultados destacam a importância da amamentação