Efeitos dos Produtos Finais de Glicação Avançada sobre a Produção de Óxido Nítrico e a Viabilidade Celular em Macrófagos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rosas, Emanuela Paz
Orientador(a): Silva, Wylla Tatiana Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Patologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16593
Resumo: Os produtos finais de glicação avançada (AGEs) são compostos heterogêneos gerados a partir da reação não enzimática, irreversível, conhecida como reação de Maillard ou Glicação. Essa reação ocorre entre açúcares redutores e seus metabólitos reativos ou lipídeos oxidados e proteínas ou ácidos nucléicos. Os AGEs são formados endógena (hiperglicemia e estresse oxidativo) e exogenamente (alimentos e fumo), e podem ser acumulados em vários tecidos causando efeitos deletérios em diversas patologias relacionadas a idade e a diabetes. Uma de suas principais ações é gerar estresse oxidativo através do aumento da expressão de mediadores inflamatórios. Os macrófagos são células fundamentais no reconhecimento, degradação e remoção dessas substâncias, além disso, têm papel crucial na produção de espécies reativas de nitrogênio (RNS) na resposta imune, e podem estar envolvidos com variadas patologias. Neste estudo avaliou-se o efeito dos AGEs sobre a produção de óxido nítrico e a viabilidade celular em macrófagos. Macrófagos J774 foram incubados com diferentes concentrações de BSA- AGE (15, 30, 60, 120 ou 240μg/mL) por 24 ou 48 h e em seguida foram expostas (ou não) ao LPS (100ng/ml) por 24h. Para analisar a produção de óxido nítrico e a viabilidade celular utilizaram-se os métodos de Griess e de MTT, respectivamente. As células J774 submetidas ao tratamento com AGE apresentaram alterações nos níveis de NO e na viabilidade celular. Notou-se que os macrófagos quando incubados com AGE nas maiores concentrações (60, 120, 240μg/mL), sem LPS, produziram um aumento significativo na liberação de NO por 24 h. Também foi visto que o tratamento com AGE nas concentrações 120 e 240μg/mL, e com LPS, também elevaram os níveis de NO significativamente. Os resultados mostraram um aumento na produção de NO quando as células foram tratadas com AGE em todas as concentrações (15, 30, 60, 120 e 240μg/mL) por 48 h. A incubação de células J774 com AGE nas concentrações de 240 μg/ml por 24h com LPS, como também as concentrações de 120 e 240 μg/ml por 48h sem LPS, reduziram a viabilidade celular quando comparados com seus respectivos controles. Em conclusão, os AGEs podem causar aumento da produção de NO por macrófagos quando estes são estimulados ou não por LPS, e por consequência conduzir a morte celular.