Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Minanni, Carlos André |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-22072021-125230/
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Resumo: |
Produtos de glicação avançada (AGEs) associam-se, independentemente, com o risco cardiovascular, e constituem uma das bases da memória metabólica, a qual fundamenta a manutenção do risco elevado de complicações do diabetes mellitus (DM) previamente descompensado, mesmo após a normalização da glicemia. Avaliou-se o efeito da redução da modificação da albumina por AGEs sobre o efluxo de colesterol, conteúdo intracelular de lípides, expressão de genes envolvidos no fluxo de lípides, taxa de decaimento e conteúdo do receptor ABCA-1 em macrófagos. Além disso, foi investigado o tempo de persistência do efeito da albumina modificada por AGEs na sensibilização de macrófagos à resposta inflamatória e no prejuízo da remoção de colesterol celular. Albumina foi isolada do soro de indivíduos com DM1 e DM2 antes e após melhora do controle glicêmico (pré- e pós-CG), por cromatografia rápida para separação de proteínas e extração alcoólica. Albumina bovina modificada in vitro por AGEs foi preparada pela incubação com glicolaldeído (albumina-GAD) e albumina controle, com tampão fosfato. Macrófagos derivados de células indiferenciadas da medula óssea de camundongos enriquecidos em 14C- colesterol foram incubados com albumina pré-CG e pós-CG e o efluxo de colesterol determinado após incubação com apoA-I ou HDL2. Coloração com Oil Red O foi utilizada para quantificação do conteúdo intracelular de lípides. A expressão gênica foi determinada em macrófagos J774 por RT-qPCR e a taxa de degração de ABCA-1, mediante tratamento destas células com ciclohexamida. O efluxo de colesterol (%; n = 3) foi maior nas células incubadas com albumina pós-CG (5,5 ± 0,6 e 11,1 ± 1,2; respectivamente para apo-AI e HDL2) em comparação com a albumina pré-CG (2,80 ± 0,7 e 4,4 ± 0,8; p < 0,05). O conteúdo de lípides (?m2 ) foi menor nas células tratadas com albumina pós-CG incubadas com apo-AI (0,6 ± 0,3) e HDL2 (1,2 ± 0,4) em comparação com a albumina pré-CG (2,8 ± 0,4 e 2,6 ± 0,03, respectivamente). A expressão de Abca1 foi semelhante entre os grupos, mas a de Nox4 e Jak2 foi, respectivamente, reduzida e aumentada pela albumina pós-CG em comparação com a albumina pré-CG. O conteúdo proteico de ABCA-1 foi 94% menor em macrófagos tratados com albumina pré-CG em comparação a pós-CG. Albumina isolada de indivíduos DM1 com controle glicêmico inadequado em comparação àquela de indivíduos controles, induziu maior taxa de decaimento (20%) do ABCA-1 em macrófagos. A albumina-GAD e a albumina isolada de DM pré-CG favoreceram maior secreção de TNF e IL-6 por macrófagos estimulados com lipopolissacarídeo e este efeito persistiu mesmo após 8 h da remoção do estímulo pela albumina modificada por AGEs. O mesmo foi observado para a redução do efluxo de colesterol, a qual persistiu após 9 h da retirada do insulto pela albumina modificada por AGEs. Em conclusão, a melhora do CG refletida pela redução da modificação de albumina por AGEs melhorou a expressão de genes que modulam a funcionalidade do ABCA-1, reduziu a taxa de degradação deste receptor e aumentou seu conteúdo em macrófagos, o que se vinculou à melhora do efluxo de colesterol e redução do acúmulo intracelular de lípides. Os efeitos da albumina modificada por AGEs são persistentes em macrófagos e condizem com alterações na homeostase de lípídes e estresse inflamatórios baseados em modelo de memória metabólica celular. |