Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
BORBA, Alexandra Débora Leite |
Orientador(a): |
SILVA, Teresinha Gonçalves da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41712
|
Resumo: |
A espécie Terminalia catappa L. (Combretaceae), popularmente conhecida como castanhola ou amendoeira, é utilizada pelas comunidades tradicionais para o tratamento de inflamações, infecções e diabetes. Neste contexto, o objetivo do estudo foi analisar o perfil fitoquímico e avaliar as atividades antioxidante, antimicrobiana e cicatrizante do extrato hidroalcoólico das folhas de Terminalia catappa (EHTc). O perfil fitoquímico do extrato foi analisado por meio de cromatografia em camada delgada (CCD) e os compostos foram identificados por cromatografia líquida de ultra performance acoplada à espectrometria de massas (UPLC-DAD-QTOF MS), sendo também quantificados os teores de fenóis totais, taninos totais e flavonoides. A capacidade antioxidante foi avaliada pelos testes do DPPH, ABTS e fosfomolibdênio. A citotoxicidade foi testada frente às linhagens de hemácias, fibroblastos, macrófagos e queratinócitos, enquanto a atividade antimicrobiana foi determinada pelos testes de microdiluição em caldo e por inibição e remoção de biofilmes. Para a avaliação da atividade cicatrizante in vivo, foram preparados os hidrogéis de EHTc 5% e 10% que foram caracterizados e testados em modelo de excisão por um período de 3, 7 e 14 dias. As classes de metabólitos secundários encontrados foram os taninos hidrolisáveis, alcaloides, flavonoides, triterpenos e esteroides, confirmados através da análise em UPLC-DAD-QTOF MS. O EHTc apresentou teores de fenóis totais (3,79 g EAG/g), taninos totais (2,16 g EAT/g) e flavonoides (2,34 g EQ/g), bem como atividade antioxidante nos diferentes métodos analisados. O EHTc não foi capaz de induzir hemólise e não apresentou toxicidade frente às células L929 e macrófagos peritoneais murinos nas concentrações testadas, enquanto que para HaCat apresentou CI₅₀ > 50 μg/mL, demonstrando baixa citotoxicidade. No ensaio de microdiluição em caldo, o EHTc apresentou inibição moderada frente às bactérias Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis, e para o fungo Candida albicans. Os biofilmes de Candida spp. apresentaram atividade metabólica reduzida quando em contato com o EHTc em concentrações iguais ou superiores a 124 μg/mL, sendo mais eficaz na inibição da formação dos biofilmes de C. tropicalis e C. parapsilosis. Os hidrogéis desenvolvidos apresentaram os parâmetros apropriados para formulações tópicas. No modelo de cicatrização in vivo, os animais tratados com o EHTc 5% apresentaram grau de contração significativo no período de 7 dias com um percentual de 84,81% de contração da lesão, comparado ao controle de 72,07%. Após 14 dias, o grau de contração foi significativo para o EHTc 5% e EHTc 10% com um percentual de 91,83% e 90,13% de contração da lesão, respectivamente, comparado ao controle de 82,39%. Nas análises histopatológicas, o grupo tratado com o EHTc 5% promoveu melhor reepitelização tecidual com restauração do tecido conjuntivo e rearranjo das fibras de colágeno. Desta forma, o estudo mostrou que o EHTc apresenta propriedades antioxidante, antimicrobiana e cicatrizante, com baixa citotoxicidade, sugerindo que estas propriedades podem estar associadas à presença dos compostos fenólicos. |