Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
RAMOS, Bárbara de Azevedo |
Orientador(a): |
CORREIA, Maria Tereza dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30639
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Resumo: |
No Brasil são encontradas nove espécies do gênero Anacardium, sendo três delas endêmicas. Dentre elas a Anacardium humile St. -Hil, também conhecida como cajuzinho-do-cerrado ou Cajuí é uma das espécies nativa do Brasil e como indica seu nome é principalmente encontrada no Cerrado, podendo ser encontrada também na Caatinga, Amazônia e Mata Atlântica. As espécies dessa família têm se mostrado promissoras na busca de compostos bioativos, comportando o maior número de investigações, principalmente quanto aos seus constituintes metabólicos. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o perfil fitoquímico e identificar o potencial antioxidante, por métodos in vitro e in vivo, antimicrobiano e antibiofilme dos extratos de folhas de A. humile St. Hil (Anacardiaceae). Foram utilizadas folhas de A. humile A. St.--Hil coletadas no Parque do Catimbau, em Buíque, Pernambuco e identificada conforme as técnicas taxonômicas habituais e depositado no Herbário IPA, do Instituto Agronômico de Pernambuco sob Voucher de número 93.117. As extrações em sohxlet seguiram a ordem eluotrópica dos solventes: N-hexano (AhN), clorofórmio (AhC), acetato de etila (AhE) e metanol (AhM) e para o extrato bruto (AhW) o material foi extraído por sonicação em água destilada. O perfil fitoquímico foi determinado através das quantificações de fenóis e flavonoides, Cromatografia em Camada Delgada e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Os métodos antioxidantes in vitro foram o DPPH, ABTS, ATT, FRAP e Inibição da peroxidação lipídica e a atividade antioxidante in vivo foi determinada através do modelo de hepatotoxicidade induzido por Tetracloreto de carbono em camundongos. Cepas de S. aureus foram cedidas pela coleção do Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco, onde foi determinado o perfil de susceptibilidade e a avaliação da formação de biofilme. Para as atividades antimicrobianas somente as amostras ricas em compostos fenólicos foram utilizadas contra as cepas, e a atividade anti-biofilme foi analisada também por Microscopia Eletrônica de Varredura. Foram identificados nos extratos Flavonoides, Saponinas, Monoterpenos, Sesquiterpenos, Proantocianidinas condensadas e leucoantocianidinas. Como majoritários, foi identificado o ácido gálico o do extrato AhE, e o ácido elágico o composto do extrato AhM, no qual são compostos já bem descritos na literatura por suas várias funções, incluindo antioxidantes e antimicrobianos. O teste de toxicidade oral mostrou que o extrato AhM das folhas de Cajuí não apresenta toxicidade ao organismo vivo. Os resultados obtidos nos testes de hepatoproteção comprovam o potencial antioxidante do extrato por dimunuír os danos oxidativos causado pelo tetracloreto de carbono. O reestabelecimento das enzimas hepáticas e a redução da peroxidação lipídica comprovam a importância dos compostos presentes na folha da A. humile. Os extratos AhE, AhM e AhW testadas contra as cepas multirresistentes e cepas formadoras de biofilme e foram eficientes, dentre eles o extrato AhM é o mais eficaz para inibir o crescimento microbiano e o extrato AhM e AhW contra a aderência das cepas para formação do biofilme confirmado através da microscopia eletrônica de varredura. Dessa forma é possível concluir que os compostos encontrados na A. humile são eficientes substâncias antioxidante e antimicrobianas, devendo ser explorados agora seus mecanismos de ação. |