Investigação da atividade citotóxica, antibacteriana e imunomoduladora do extrato metanólico de Rhizophora Mangle Linneus (Rhizophoraceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ALMEIDA, Vanessa Silva de
Orientador(a): VIEIRA, Jeymesson Raphael Cardoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29886
Resumo: Rhizophora mangle (Rhizophoracea) é uma das espécies mais conhecidas dos manguezais, conhecida como mangue de caneta, tem sido utilizada na medicina popular para tratamento de diversas patologias. No entanto, investigações mais aprofundadas como a citotoxicidade e a atuação no sistema imunológico ainda são desconhecidas. Este estudo teve como objetivo realizar uma investigação mais aprofundada da atividade antibacteriana do extrato metanólico de folhas de Rhizophora mangle (EMFRm) em bactérias Gram positivas e Gram negativas, bem como das atividades citotóxica e imunomodulatória em esplenócitos de camundongos tratados com EMFRm. Trata-se de um estudo pré-clínico desenvolvido no período de março de 2016 a junho de 2017. O material botânico foi coletado no Manguezal da cidade de Itamaracá, distrito de Vila Velha no estado de Pernambuco – Brasil, autorizado pela Empresa Pernambucana de Controle de Poluição Ambiental e Administração de Recursos Hídricos (CA DFRB N. 120/2014º). O extrato foi produzido a partir da extração de fluxo constante pelo método Low Bubble Point. A caracterização fitoquímica do extrato foi realizada pelo teste de Cromatografia em Camada Delgada (CCD) em placas de gel de sílica para identificação dos metabólitos secundários. Os ensaios contra as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas foram realizados analisando a difusão em disco e os parâmetros de Concentração Inibitória Mínima (MIC) e Concentração Bactericida Mínima (CMB). Os esplenócitos dos camundongos (106 células/poço) foram tratados com EMFRm em 50, 25, 10 e 5 μg/mL para a análise de viabilidade celular utilizando anexina V e iodeto de propídio. Após este teste, a concentração de 10 μg/mL foi escolhida para medição dos níveis de citocinas, análise de óxido nítrico e ensaio de proliferação celular com 5(6)- Carboxyfluorescein diacetate N-succinimidyl ester (CFSE). O EMFRm apresentou em sua composição a presença de flavonóides, saponinas, proantocianidinas poliméricas, monoterpenos e triterpenos. O EMFRm apresentou atividade antimicrobiana principalmente contra a bactéria Gram-positiva S. aureus e contra Pseudomona aeruginosa. Os testes com os esplenócitos demonstraram que abaixo da concentração de 25 μg/mL o extrato pode ser usado com segurança para ensaios in vitro e que, em 10 μg/mL, as células foram estimuladas a produzir IL-2, IL-6, TNF-α, INF-y e óxido nítrico. Além disso, o extrato é capaz de induzir proliferação nos esplenócitos. Rhizophora mangle apresentou atividade antibacteriana moderada, não mostrou atividade citotóxica e apresentou atividade imunomoduladora em esplenócitos de camundongos induzindo o perfil Th1 e sugerindo um potencial terapêutico alternativo desta planta para tratamento de processos inflamatórios.