Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Hortência Farias de |
Orientador(a): |
CORREIA, Maria Tereza dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40577
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Resumo: |
De acordo com a organização mundial da saúde (OMS) a cada ano 8,8 milhões de pessoas morrem de câncer, a maioria em países de baixa e média renda. Devido a isso, vem aumentando, significativamente, nos últimos anos o número de pesquisas relacionadas a descobertas de tratamentos mais eficazes e menos traumático para o paciente. Nesse sentido as biomoléculas vegetais podem ser promissoras já que produzem ampla diversidade de compostos orgânicos, os chamados metabólitos secundários. A Caesalpinia pyramidalis é uma espécie arbórea endêmica da caatinga e está entre as espécies vegetais mais utilizadas para fins medicinais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a caracterização fitoquímica, o potencial antioxidante e a segurança de uso do extrato aquoso de C pyramidalis (CP Aq) por meio de ensaios de genotoxicidade, mutagenicidade, citotoxicidade, toxicidade. Além disto, foi investigado também a atividade antineoplásica, antibacteriana e anti-inflamatória do CP Aq. Os extratos foram obtidos através de agitação e sonificação e caracterizados por técnicas de cromatografia em camada delgada (CCD), cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e cromatografia líquida de ultra eficiência (UPLC). O ensaio de citotoxicidade foi realizado pelo método do brometo (MTT) e testado em três linhagens tumorais humanas: K-562 (leucemia), HL-60 (leucemia aguda) e DU-145 (Câncer de próstata). Os testes de genotoxicidade in vivo, foram feitos pelo ensaio cometa e teste do micronúcleo e os de mutagenicidade pelo ensaio de frequência e índice de dano no DNA. O ensaio de toxicidade oral foi realizado através da gavagem com camundongos swiss por 14 dias e avaliado através da histopatologia e dos níveis bioquímicos. Na caracterização fitoquímica o CP Aq revelou a presença de flavonoides, cumarinas, Lignanas, saponinas, taninos hidrolisáveis, triterpenos e esteroides. Sendo confirmada pelas técnicas de HPLC e UPLC/MS a presença de ácido gálico e ácido elágico. Já na determinação do teor total de fenóis e flavonoides, o extrato apresentou um conteúdo fenólico total de 216,02 ± 11,30 mg EAG/g de extrato e um conteúdo de flavonoides totais de 43,46 ± 1,98 mg EQ/g de extrato. A atividade antioxidante o ensaio de redução do radical DPPH, CP Aq apresentou um IC50 de 32,52 μg/mL. Na avaliação da atividade antioxidante total pelo método de formação do complexo fosfomolibdênio, o extrato apresentou uma atividade antioxidante de 42, 57 ± 2,83 e no ensaio de inibição da peroxidação lipídica, uma atividade de inibição maior que BHT e muito próxima da quercitina. Não foi detectada diferença significativa dos níveis séricos e histopatológico dos animais com o extrato aquoso investigado. Este resultado sugere que CP Aq é seguro para ser utilizado em células animais, pois não apresentam genotoxicidade ou mutagenicidade e quando exposto a células neoplásicas como a de HL-60 reduzem em cerca de 50% sua viabilidade celular. Além disso, CP Aq foi capaz de diminuir os níveis de NO em células de macrófagos RAW 264.7, apresentando atividade anti-inflamatória in vitro. Porém, não apresentou atividade antimicrobiana em cepas gram-positivas e negativas. Dessa forma, conclui-se que os compostos encontrados no extrato aquoso de Caesalpinia pyramidalis são promissores nos efeitos antioxidantes, antineoplásica e anti-inflamatório. |