Caracterização fitoquímica, estudo das atividades biológicas e toxicológicas de extrato aquoso de folhas de Triplaris gardneriana Wedd.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: PAIVA, Camilla de Morais de
Orientador(a): CORREIA, Maria Tereza dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32895
Resumo: As plantas medicinais têm sido cada vez mais utilizadas na procura de novos compostos terapêuticos com baixo ou nenhum efeito colateral. A planta Triplaris gardneriana Wedd., conhecida popularmente como Pajeú, é muito utilizada na medicina popular para tratar diversas patologias. Assim, este estudo propôs identificar o perfil fitoquímico, investigar as atividades biológicas e toxicológicas do extrato aquoso das folhas de Triplaris gardneriana (TG Aq). O extrato foi submetido à triagem fitoquímica por Cromatografia em Camada Delgada (CCD), revelando a presença de flavonoides, proantocianidinas condensadas, leucoantocianidinas, taninos hidrolisáveis e traços para monoterpenos e sesquiterpenos. A dosagem do teor total de fenóis e flavonoides apresentou conteúdo fenólico total de 333,44 ± 3,43 mg EAG/g de extrato e um conteúdo de flavonoides totais de 23,1 ± 0,41mg EQ/g de extrato. A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) identificou a presença do composto quercetina. Também foi observada atividade hemaglutinante (AH) inibida pela fetuína e estável à 100 °C, não havendo inibição de tripsina. A atividade antioxidante de TG Aq foi avaliada por cinco métodos diferentes (DPPH, Ânion Superóxido, TAC, FRAP E LPIC). Nos ensaios de redução dos radicais livres DPPH e ânion superóxido, TG Aq apresentou um IC50 de 19,10 ± 0,26 e 33,48 ± 0,31 μg/mL, respectivamente. Os ensaios de redução de íons metálicos, TAC e FRAP, TG Aq apresentou resultados bem próximo dos padrões utilizados. Já no ensaio de inibição da peroxidação lipídica, TG Aq apresentou atividade de inibição de 29,44 ± 0,28. A atividade antimicrobiana foi determinada através do método de microdiluição em caldo, onde a amostra apresentou atividade inibitória e bactericida apenas para as cepas bacterianas gram-positivas. O valor de CMI foi de 0,5 mg/mL para S. aureus, 0,25 mg/mL para E. faecalis e um valor de CMB de 1 mg/mL para S. aureus e 0,5 mg/mL para E. faecalis. A atividade imunomodulatória e citotóxica, realizadas em esplenócitos de camundongos e avaliadas através da citometria de fluxo mostrou que TG Aq aumenta significativamente a proliferação célular em 24h e que não induz a apoptose e nem a necrose celular. A amostra TG Aq não apresentou toxicidade oral aguda, assim como não indicaram potencial genotóxico através do ensaio cometa e teste de micronúcelo. Os resultados obtidos revelaram que a amostra possui atividades biológicas significativas e que o seu uso, por via oral, pode ser considerado seguro.