Peptídeos antimicrobianos de espécies da família Euphorbiaceae : identificação estrutural e funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Carlos André dos Santos
Orientador(a): BENKO-ISEPPON, Ana Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Genetica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39453
Resumo: A resistência antimicrobiana representa um problema de saúde pública que vem crescendo nas últimas décadas, obrigando a comunidade científica a procurar novas alternativas terapêuticas. Nesse cenário, os peptídeos antimicrobianos (AMPs, antimicrobial peptides) fornecem uma opção promissora contra uma ampla gama de microrganismos patogênicos. AMPs podem ser encontrados em uma vasta variedade de organismos com diversos mecanismos de ação o que os tornam potenciais candidatos para o desenvolvimento de antibióticos. O presente trabalho teve como objetivo identificar genes codificantes para AMPs e seus produtos a partir de plantas da família Euphorbiaceae, gerando um peptídeo sintético com potencial atividade contra diversos patógenos. Foram selecionadas sequências de defensinas em banco de dados, as quais foram utilizadas como sondas para busca de defensinas de Euphorbiaceae. No total, 12 sequências foram encontradas e caracterizadas. Após a amplificação e sequenciamento, os AMPs tiveram sua estrutura analisada e foram modificados, obedecendo a uma série de pré-requisitos e de análises de bioinformática, selecionando-se uma defensina (PDef-Me1) para síntese. Sua atividade antimicrobiana foi testada contra diversos patógenos, incluindo cepas resistentes a antibióticos, obtendo-se melhores resultados contra Staphylococcus aureus (16 μg.ml⁻¹), Acinetobacter baumannii (64 μg.ml⁻¹) e Candida parapsilosis (64 μg.ml⁻¹). Além disso, ensaios realizados apontaram para uma baixa toxicidade indicando o potencial terapêutico de PDef-Me1. Embora sejam necessários mais testes, PDef-Me1 mostrou potencial para testes in vivo, para seu uso como um futuro composto farmacêutico antimicrobiano de amplo espectro.