Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Cavalcanti, Débora Silva |
Orientador(a): |
Cerqueira, Mônica Maria Osório de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12676
|
Resumo: |
Embora a anemia atinja todas as camadas sociais, os indivíduos pertencentes às famílias de menor poder aquisitivo são mais suscetíveis ao problema. Desta maneira, as famílias de trabalhadores rurais do Nordeste do Brasil representam um grupo de alto risco para a anemia, uma vez que recebem baixos salários. Considerando que o déficit na ingestão de ferro é um dos fatores determinantes da anemia ferropriva, o objetivo principal desta pesquisa foi verificar a correlação entre o consumo de ferro na dieta e a ocorrência desse problema carencial. Trata-se de um estudo observacional analítico a partir dos dados coletados no período de fevereiro a abril de 2007, em famílias de trabalhadores rurais, do município de Gameleira, Zona da Mata do Estado de Pernambuco. A população foi constituída por todos os membros destas famílias, representando 225 indivíduos. Foram realizados inquéritos alimentares de três dias pelo método de registro alimentar por pesagem direta dos alimentos e dosagem de hemoglobina por meio do equipamento Hemocue. Na avaliação das necessidades individuais de ingestão de ferro, utilizou-se o método da adequação aparente, e em seguida, foram comparados estes valores em escores “Z” entre os grupos de indivíduos, utilizando o teste “t” pareado. As dietas foram classificadas em baixa, média ou alta biodisponibilidade para a absorção do ferro. Para estimar a associação entre hemoglobina e as variáveis dietéticas, assim como, entre estas e a anemia foram utilizados a correlação de Spearman e o teste de Mann-Whitney, respectivamente. A prevalência de anemia foi elevada em todas as faixas etárias, sendo maior (67,6%) no grupo de crianças <5 anos, com média de hemoglobina de 10,37 g/dL (dp= 1,30 g/dL). A análise da adequação aparente do consumo de ferro também mostrou as crianças <5 anos como o grupo mais prejudicado, apresentando menor média de consumo (5,03±3,78) e baixo percentual de adequação aparente deste consumo (53,1%). A maioria das crianças <5 anos apresentou um percentual elevado de dieta com baixa biodisponibilidade de ferro (47,5%). As análises de correlações entre a hemoglobina ou ocorrência de anemia e as variáveis dietéticas mostraram associação estatisticamente significativas para ferro total, ferro heme, ferro não-heme, suas biodisponibilidades e carnes. Os resultados demonstram que o consumo inadequado de ferro dietético e dos fatores facilitadores da sua absorção são considerados determinantes para a ocorrência da anemia ferropriva. As famílias vivenciam insegurança alimentar intrafamiliar, com discriminação do consumo de alimentos fontes de ferro entre os membros. Portanto, torna-se necessário, de forma imediata, a inclusão de vigilância do estado nutricional de ferro e de outros micronutrientes, como parte dos cuidados permanentes com a saúde das famílias dos trabalhadores de cana-de-açúcar, especialmente no Nordeste do Brasil, a fim de implementar estratégias eficazes para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) nesta população. |