Anemia ferropriva : fatores determinantes e impacto da suplementação semanal de ferro em lactentes da zona da mata meridional de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Claudia Vasconcelos Martins de Souza Lima, Ana
Orientador(a): Israel Cabral de Lira, Pedro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9030
Resumo: A tese foi elaborada sob a forma de uma revisão da literatura e dois artigos. A revisão da literatura abordou a anemia ferropriva e sua prevalência no mundo, particularmente, no Brasil, com enfoque sobre alguns fatores determinantes, medidas de enfrentamento e repercussões no estado nutricional e na morbidade de crianças. O primeiro artigo analisa a influência dos fatores determinantes nos níveis de hemoglobina (Hb), em lactentes, aos 12 meses de vida, residentes em quatro municípios da Zona da Mata Meridional de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Realizou-se uma análise de regressão linear multivariada cujo modelo final revelou um impacto significante das variáveis socioeconômicas (ausência de televisão), peso ao nascer, duração do aleitamento materno exclusivo e ocorrência de diarréia sobre as variações dos níveis de hemoglobina aos 12 meses com uma contribuição de 12,7%. O segundo artigo avalia o impacto da suplementação de sulfato ferroso semanal e supervisionada dos 12 aos 18 meses sobre os níveis de hemoglobina, o estado nutricional e a morbidade. Após seis meses de intervenção, a média de hemoglobina das crianças tratadas aumentou significativamente em 1,6 g/dL atingindo 10,7 g/dL com uma recuperação para valores ≥11,0 g/dL de 42,3% da amostra, enquanto que no grupo controle ocorreu uma redução nos níveis de hemoglobina de 0,5 g/dL. Com relação ao estado nutricional observou-se uma recuperação estatisticamente significante apenas para o índice peso/idade do grupo tratado quando comparado ao grupo controle. A mediana da duração da diarréia foi significativamente menor nos grupos de intervenção (12 a 18 meses) quando comparada com a mediana da duração da diarréia do nascimento aos 12 meses