Exposição perinatal a dieta hiperlipídica e hipercalórica promove alterações no desenvolvimento murinométrico, na composição corporal e no consumo alimentar da prole

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: LIMA, Amanda Costa de
Orientador(a): CASTRO, Raul Manhães de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24299
Resumo: O consumo de dieta hiperlipídica e hipercalórica durante o período perinatal induz a disfunções metabólicas como desenvolvimento de adiposidade precoce, alterações de crescimento e hiperfagia. O presente estudo avaliou os efeitos da utilização perinatal de dieta hiperlipídica/hipercalórica sobre gestantes, nutrizes e prole. Ratos Wistar foram divididos em dois grupos, de acordo com a manipulação nutricional realizada do 1º dia de gestação ao 21º dia de lactação: Grupo Controle (GC) e Grupo Hiperlipídico/ Hipercalórico (GH). O GC (n=10) foi alimentado com dieta Nuvilab® (calorias: 357,11kcal/100g e lipídios: 5,63g/100g) durante gestação e lactação. O GH recebeu dieta hiperlipídica/hipercalórica durante o mesmo período (calorias: 489,61kcal/100g e lipídios: 25,37g/100g). Nas ratas prenhas e lactantes foram analisados, peso corporal, composição corporal e ingestão alimentar. Na prole, até os 21 dias de vida pós-natal, foram analisados desempenho na lactação, evolução ponderal e medidas murinométricas. Aos 30 dias de vida, os filhotes foram avaliados em relação à composição corporal e medidas murinométricas. Também foi analisado o consumo alimentar dos filhotes após a lactação. O presente trabalho demonstrou que a manipulação nutricional com dieta rica em gorduras não afetou o desempenho da lactação aos dias 7, 14 e 21 dias de vida, porém, levou a alterações nas medidas murinométricas na prole do GH que apresentou menor circunferência torácica, menor circunferência abdominal e menor comprimento naso-anal. Os efeitos tardios da ingestão perinatal de dieta hiperlipídica foram evidenciados com a redução no consumo alimentar aos 30 dias de vida. Em relação às medidas murinométricas no 30º dia pós-natal, o único parâmetro que foi diferente entre os grupos foi o comprimento naso-anal, estando diminuído no GH. Houve maior adiposidade no grupo submetido à dieta hiperlipídica/hipercalórica. Em conjunto, os resultados desse trabalho mostram que um ambiente perinatal composto por um excesso de calorias e lipídeos é capaz de afetar parâmetros relacionados ao desenvolvimento e aumentar a adiposidade corporal, sendo fator de risco para obesidade a longo prazo.