Aspectos biológicos da acumulação de Cu e Zn em Littoraria angulifera

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SANTOS, Katarine Mizan Barbosa
Orientador(a): FRANÇA, Elvis Joacir de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45693
Resumo: O molusco da espécie Littoraria angulifera é bioacumulador de Cu e Zn, esses elementos químicos essenciais, em excesso podem se tornar tóxicos ao organismo. Dessa forma nesse trabalho foram analisados os efeitos biológicos do excesso de Cu e Zn em L. angulifera por testes morfométricos, citotóxicos e genotóxicos bem como, esses foram quantificados em Sedimento em Suspensão de manguezais, Hemolinfa e órgãos da espécie por meio de técnicas analíticas nucleares. Por fim, foi realizado estudo de caso da bioacumulação desses elementos químicos na espécie estudada. Os manguezais em que as coletas ocorreram foram nos estados de Pernambuco (Barra de Catuama, Carne de Vaca, Maria Farinha e Rio Formoso) e da Paraíba (Barra de Camaratuba, Barra de Mamanguape, Pontinhas e Rio Abiaí). As técnicas analíticas utilizadas foram a Absorção Atômica em Forno de Grafite (para quantificação em hemolinfa) e Absorção Atômica por Chama (nos órgãos e Sedimento em Suspensão). Na análise da genotoxicidade fez-se o teste do micronúcleo. A citotoxicidade foi observada pelo ensaio cometa, porém foi aplicado nos animais do estudo de caso da Bioacumulação. Dos resultados encontrados destaca-se as elevadas concentrações de Cu e Zn nos órgãos e hemolinfa de animais de Pontinhas (PB) e de Maria Farinha (PE). Foram respectivamente nesses mesmos manguezais que no Sedimento em Suspensão altos valores de Zn e Cu, foram quantificados. Por isso, acredita-se que a disponibilidade e acumulação de Zn interferem no crescimento dos espécimes. Ao ser comparado aos demais locais estudados quanto a presença de células micronucleadas, os indivíduos de pontinhas apresentaram diferença significativa dos demais animais estudados do estado da Paraíba. Em todos os manguezais estudados a presença tanto de micronúcleo quanto de células binucleadas e apoptóticas demonstraram toxicidade elevada. Os animais machos e fêmeas são morfometricamente diferentes. No ensaio de bioacumulação foi observado que o dano ao DNA de L. angulifera pode estar relacionado ao excesso de Zn presente no manguezal e que o Sedimento em Suspensão é o estoque desse Zn acumulado pela espécie.