Bioacumulação de selênio por Escherichia Coli : avaliação da exposição a espécies e concentrações de selênio e na presença de mercúrio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sauer, Michele Pokulat
Orientador(a): Becker, Emilene Mendes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/278991
Resumo: A interação entre selênio (Se) e mercúrio (Hg) é complexa e pode estar relacionada aos efeitos subjacentes da espécie, concentração e a ordem de administração desses elementos. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos interativos entre Se e Hg no desenvolvimento e na bioacumulação de Se por Escherichia coli, bactéria capaz de reduzir e acumular Se. Os experimentos com E. coli ATCC 11775 foram realizados pela exposição ao Se(IV) ou Se(VI) em baixas concentrações, 0,3; 3,0 e 30 µM individualmente ou em coexposição com 15 μM de Hg(II), em pré-tratamento e pós tratamento. A resistência de E. coli ao Hg também foi avaliada. A avaliação do desenvolvimento celular foi realizada pelo método de contagem de unidades formadoras de colônias (CFU) e a quantificação de Se foi realizada por GF AAS. A influência do Hg e das espécies e concentrações de Se foi determinada por ANOVA. Os resultados evidenciaram que o Se não tem efeito sobre o desenvolvimento celular, mas sobre o conteúdo total de Se bioacumulado. Em 30 μM de Se, as diferenças entre as espécies de Se emergem com a formação de Se(0) no ensaio com Se(IV), resultando em um maior acúmulo de Se(IV) (41,1%) em comparação com Se(VI) (15,8%). Embora a percentagem média de Se bioacumulado não tenha variado entre as concentrações de Se(VI), uma diferença significativa ocorreu entre concentrações de Se(IV) (variando de 6,1% a 41,1%). A bactéria tolerou a presença de até 20 μM de Hg, mas com efeito sobre a viabilidade celular. Na coexposição com Se e Hg, o Se não causou efeito protetivo a toxicidade do Hg e um efeito tóxico aditivo foi observado na concentração de 30 μM de Se. Em comparação à exposição individual ao Se, o Hg mostrou um efeito dose dependente significativo na bioacumulação de Se por E. coli. Em geral, enquanto na coexposição com 3,0 μM de Se houve o aumento da bioacumulção de Se, com 30 μM de Se a diminuição da bioacumulação de Se e a supressão da formação de Se(0) corroboraram o efeito tóxico desta combinação. A ordem de coexposição de Se e Hg não causou efeito sobre o acúmulo de Se. O método otimizado para quantificação de Se por GF AAS mostrou-se sensível e com elevada exatidão para esta análise quando comparada à técnica de ICP-MS. Estes resultados revelam a influência das espécies e concentrações de Se nos efeitos interativos entre Se e Hg e na bioacumulação de Se por E. coli.