Aspectos ecofisiológicos de espécies lenhosas nativas da Caatinga associadas a fungos micorrízicos arbusculares sob condições de seca e salinidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: FARIA, Gabriella Frosi Albuquerque Figueiroa
Orientador(a): SANTOS, Mauro Guida dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24676
Resumo: A seca e salinidade são os principais estresses abióticos causadores de perda de produtividade nas plantas, comuns em áreas áridas e semiáridas, como o Nordeste brasileiro. Duas ferramentas que podem mitigar os efeitos deletérios desses estresses nas plantas são os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) e suprimento de fósforo inorgânico foliar (Pi), aumentando as chances de recuperação dessas áreas. O presente estudo analisou a simbiose com FMA de duas espécies lenhosas nativas da região, Poincianella pyramidalis e Cnidoscolus quercifolius, em diferentes níveis de fósforo no solo, além de aspectos ecofisiológicos de uma dessas espécies associada com FMA e aplicação de Pi foliar sob seca e salinidade em casa de vegetação. Foram avaliadas a colonização micorrízica, trocas gasosas, solutos orgânicos, pigmentos fotossintéticos, biomassa e nutrientes. Ambas espécies realizaram associação com FMA e foram beneficiadas no crescimento. Para P. pyramidallis e C. quercifolius, os níveis de 33 e 15 mg dm-3 de fósforo no solo, respectivamente, promoveram maior crescimento nas plantas micorrizadas. P. pyramidalis foi selecionada para os demais experimentos devido aos ganhos mais representativos. Nos experimentos de seca e salinidade, essa espécie na condição hidratada foi mais beneficiada com FMA isolado, com maior fotossíntese e biomassa. Quando submetidas à seca, plantas com FMA, Pi ou ambos não tiveram reduções da biomassa aérea e acumularam prolina; plantas com FMA isolado tiveram maiores concentrações de açúcares e clorofilas. Após reidratação, plantas com FMA, Pi ou ambos tiveram recuperação das trocas gasosas, enquanto plantas sem FMA e Pi apresentaram recuperação parcial comparado ao Controle. Entretanto, plantas com FMA isolado submetidas à seca tiveram fotossíntese superior ao Controle após reidratação. Sob condição salina, plantas com FMA, Pi ou FMA+Pi foram beneficiadas, apresentando menores reduções nas trocas gasosas e sem redução na biomassa da parte aérea. As plantas com FMA isolado sob salinidade tiveram menor acúmulo de Na+ e Cl- nas folhas e raízes, enquanto plantas com Pi e FMA+Pi tiveram maiores concentrações de Cl- nas folhas. Já plantas sem FMA e Pi na condição salina apresentaram maior concentração de Cl- na raiz. Portanto, a aplicação de Pi, FMA ou ambos promoveram maior tolerância de P. pyramidalis à seca e salinidade. Entretanto, a resposta superior foi observada nas plantas com FMA isolado.