Influência da descarga fluvial na dinâmica da biomassa fitoplanctônica na zona costeira (Pernambuco - Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: OTSUKA, Amanda Yumi
Orientador(a): FEITOSA, Fernando Antônio Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18918
Resumo: A plataforma continental de Pernambuco caracteriza-se por possuir um declive suave, ser estreita, rasa, com águas relativamente quentes, elevada salinidade e por apresentar- se quase inteiramente coberta por sedimentos carbonáticos biogênicos. Esse ambiente é afetado pelo aporte continental, atuando como um receptor final de água, materiais e substâncias, que são transportados pelas descargas dos rios. Desta forma, as regiões costeiras são as mais afetadas pela ação antrópica. O presente trabalho apresentou como objetivo analisar a dinâmica da clorofila-a e parâmetros hidrológicos na plataforma continental de Pernambuco adjacente aos rios Jaboatão e Capibaribe. Foram realizadas coletas bimestrais, abrangendo período chuvoso e de estiagem, em um ponto situado na zona estuarina e quatro outros pontos distribuídos na plataforma. Foram analisados vários parâmetros ambientais como clorofila a, profundidade, salinidade, temperatura, oxigênio dissolvido, taxa de saturação do oxigênio, pH, nutrientes inorgânicos (N- amoniacal, nitrito, nitrato, fosfato e silicato), material particulado em suspensão. A pluviosidade foi a forçante física que mais influenciou na maioria dos parâmetros. No rio Jaboatão, a clorofila-a no estuário variou de 2,89 à 34,71 mg.m-3 e na plataforma de 0,21 à 9,67 mg.m-3 . De acordo com a ACP, a clorofila a esteve diretamente relacionada temperatura, taxa de saturação do oxigênio e inversamente com o pH, transparência da água e salinidade. No porto do Recife, a clorofila a variou entre 13,48 à 145,09 mg.m-3 no estuário e na plataforma a de 0,24 à 19,29 mg.m-3 . A ACP mostrou uma relação direta da clorofila-a com o N-amoniacal, fosfato, transparência e inversa com nitrato e material particulado em suspensão. Nas duas áreas estudadas, houve um aumento da biomassa no período de estiagem. Os pontos da plataforma que mais sofreram influência do deságue foram os mais centrais (P3 e P4), devido ao predomínio dos ventos alísios de sudeste. Após análise das duas áreas, observou-se que os estuários encontram-se poluídos e que no porto do Recife a carga de matéria orgânica é bem mais elevada do que o Jaboatão, provocando maior efeito na plataforma adjacente. Em termo de dispersão de pluma dos rios, no porto do Recife a presença do dique de proteção provoca uma certa perturbação no sentido da corrente, limitando esta pluma, para a parte mais costeira, o que não foi observado na área do Jaboatão.