Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
VASCONCELOS, Daniel Siqueira de |
Orientador(a): |
LEAL, Inara Roberta |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49606
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Resumo: |
As florestas de todo o globo estão sendo transformadas em áreas de agricultura e pastagem e após alguns anos são abandonadas e se encontram em processo de regeneração. Porém, pouco se sabe sobre como as comunidades biológicas são reorganizadas ao longo da regeneração, principalmente em florestas secas, onde os estudos deste tema ainda são mais escassos. Adicionalmente, os poucos estudos sobre este tema avaliam como a riqueza, abundância e composição de espécies se recuperam ao longo regeneração. Aqui avaliamos como a diversidade funcional e filogenética da comunidade de formigas se recupera ao longo de um gradiente de regeneração em vegetação de Caatinga. Empregamos o crescimento da biomassa vegetal como medida de regeneração em 10 parcelas de 0,1 hectare que foram estabelecidas em áreas usadas com agricultura de corte e queima e abandonadas em diferentes períodos de tempo, de 8 a 54 anos, além de cinco parcelas controle. Caracterizamos as relações filogenéticas entre os diferentes gêneros e espécies de formigas identificadas com auxílio da literatura e calculamos os índices de diversidade filogenética (Diversidade filogenética de Faith. Distância Média entre Pares, Distância Média do Táxon mais Próximo, Índice de Parentesco Líquido, Índice do Táxon mais Próximo). Para o estudo da diversidade funcional, medimos atributos morfológicos relacionados às funções ecossistêmicas de cada espécie (e.g. tamanho do corpo, comprimento relativo dos olhos e comprimento relativo das pernas) e calculamos os índices de diversidade funcional (Diversidade funcional de Petchey & Gaston, e os equivalentes funcionais de Distância Média entre Pares, Distância Média do Táxon mais Próximo, Índice de Parentesco Líquido, Índice do Táxon mais Próximo). Em seguida, relacionamos os índices com a biomassa vegetal das parcelas. Ao total, a comunidade de formigas amostradas foi composta por 66 espécies, pertencentes a 25 gêneros e sete subfamílias. Na escala local, observamos de 11 a 25 espécies, com uma média de 19,73 e desvio padrão de 3,51. A biomassa vegetal se relacionou positivamente em maior grau com os índices de diversidade filogenética e em menor grau com os de diversidade funcional (apenas o índice de diversidade funcional de Petchey & Gaston). Além disso, observamos sinais filogenéticos nos atributos funcionais morfológicos analisados. Esses achados sugerem que à medida que a vegetação regenera a comunidade de formigas recupera os clados e os grupos funcionais perdidos com as perturbações. Também demonstram que comunidades de animais podem seguir os padrões de recuperação observados para a vegetação. Nossos achados trazem informações relevantes sobre a resiliência da Caatinga após perturbações antrópicas agudas, no que diz respeito ao processo de reestruturação e reorganização de comunidades biológicas. |