Creme de Rhizophora mangle na cicatrização de segunda intenção de feridas cutâneas em pálpebra superior: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Jerrar Janedson Xavier
Orientador(a): VIEIRA, Jeymesson Raphael Cardoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33487
Resumo: Plantas usadas na medicina tradicional para reparação tecidual como a Rhizophora mangle oferecem uma nova alternativa acessível na terapêutica da cicatrização de feridas. Este estudo teve por objetivo avaliar a eficácia do creme de R. mangle 5% em cicatrização de segunda intenção de feridas cutâneas em humanos. Dezoito pacientes foram submetidos à confecção de ferida cirúrgica aberta na pálpebra superior, divididos em 2 grupos com 9 pacientes cada, os quais utilizaram de forma tópica e diária, Dexpantenol a 5% em creme (grupo padrão) e creme de extrato de folha de R. mangle a 5% (grupo intervenção) durante 7 dias. Quando então foram feitas as análises clínicas e morfométricas da ferida e realizado o procedimento cirúrgico para retirada da pele, contendo a ferida em questão para estudos histomorfométricos. O poder de hidratação dos cremes foi medido para avaliar possíveis correlações com o processo de cicatrização e a população foi caracterizada pela concentração de melanina na pele. Não houve diferença siginificativa entre os dois grupos em relação à concentração de melanina na pele. Os cremes de R. mangle e Dexpantenol mostraram maiores valores de média de hidratação da pele quando comparados com um creme placebo. Na análise morfométrica, todas as feridas tratadas com esses cremes de R. mangle e Dexpantenol se apresentaram com cicatrização macroscópica completa, sem sinais inflamatórios e livres de infecção. O creme de R. mangle apresentou valores da distância entre os epitélios na análise histomorfométrica mais baixos que o creme de Dexpantenol, sendo verificada diferença significativa entre os grupos. O creme da Rhizophora mangle 5% mostrouse eficaz na cicatrização de feridas cutâneas de pálpebra superior em humanos com melhora significativa da epitelização quando comparada com o Dexpantenol 5%.