Fitoterápicos padronizados para o tratamento de doenças crônicas: Rhizophora mangle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mesquita, Leonardo Mendes de Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150682
Resumo: As espécies vegetais contendo substâncias bioativas são, cada vez mais, objeto de pesquisas, levando a alternativas para tratamentos terapêuticos ou revelando substâncias que posteriormente possam ser exploradas com o intuito de produzir fármacos. Estudos de plantas são de grande importância, em razão do vasto número de metabólitos secundários que podem ser encontrados. Eles têm cada vez mais atraído a atenção da sociedade, mostrando-se uma fonte alternativa aos altos custos dos medicamentos alopáticos. Mas, para que as plantas sejam usadas com eficácia e segurança, são necessários estudos multidisciplinares. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde aprovaram o uso de 71 plantas medicinais no tratamento contra diabetes, úlceras, inflamações e outras doenças crônicas. Contudo, essa é uma lista ainda limitada, pois várias espécies não são disponíveis o ano todo e/ou nas várias regiões do Brasil. Em contrapartida, Rhizophora mangle (Rhizophoraceae, popularmente conhecida como mangue vermelho) é uma espécie que ocorre no Brasil desde o Pará até Santa Catarina. É comumente utilizada pelas populações tradicionais costeiras, principalmente para o tratamento de diabetes, hemorroidas, analgesia e dores estomacais. Recentemente, nosso grupo de pesquisa verificou que o extrato acetônico das cascas de R. mangle possui atividades antioxidante e antiulcerogênica, e é eficaz no tratamento da colite experimental. Contudo, foi realizada apenas uma avaliação preliminar da composição química das cascas. Por isso, este trabalho abordou o estudo químico de R. mangle, enfatizando o estudo das cascas. Desenvolvemos estratégias analíticas baseadas em espectrometria de massas utilizando as técnicas de Electrospray-Ion Trap e Maldi-TOF, as quais permitiram a padronização qualitativa do extrato ativo. Como resultado, identificamos a presença de taninos condensados possuindo de 2 a 12 unidades de catequinas. Além disso, investigamos a atividade desse extrato no tratamento da obesidade e como anti-inflamatório, obtendo resultados promissores. Esses resultados fornecem subsídeos para o melhor entendimento das atividades farmacológicas previamente observadas.