Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Mirella Borba Santos Ferreira |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Tereza Cristina Medeiros de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8511
|
Resumo: |
Os recifes submersos agem como obstáculos naturais à passagem das ondas provocando transformações bruscas em suas características e consequente diminuição de sua energia. Neste estudo, a influência dos recifes submersos presentes ao longo do litoral de Recife e Jaboatão dos Guararapes, na transmissão das ondas, foi investigada a partir de dados obtidos in situ e modelagem numérica. Inicialmente, os recifes foram mapeados através de levantamentos batimétricos para análise de suas características geométricas. As informações geradas permitiram a elaboração de mapa detalhado da região, onde foi identificada a presença de várias linhas recifais. Com respeito às proporções geométricas dessas linhas, a feição com maior potencial em promover alterações na transmissão das ondas é um banco recifal submerso com 17 km de extensão, paralelo à linha de costa, cuja largura e profundidade de topo variam entre 800 m 1500 m e 0,5 m - 4 m, respectivamente. A análise da geometria típica dessa estrutura, realizada a partir de uma análise de similaridade entre os perfis batimétricos, mostrou que em 75 % da área, ela apresenta uma configuração semelhante a um recife plataforma (Grupo 1), enquanto que em 25 % da área (Grupo 2), assemelha-se geometricamente a um recife de franja. Foram realizados, então, dois experimentos com ondógrafos fundeados antes e depois do banco recifal submerso, para obtenção simultânea das características das ondas incidentes (Hi) e transmitidas (Ht) em cada um dos grupos supracitados. Os resultados indicaram variações em Ht numa escala de tempo de 6 h com ciclos bem definidos de 12 h nos dois experimentos. De 40 % - 60 % (experimento 1) e 1 % - 90 % (experimento 2) de Hi é atenuada, pelo topo do recife, durante os estágios de maré alta e baixa, respectivamente, indicando uma modulação da onda pela maré. Além do estágio da maré, o coeficiente de transmissão da onda (Kt) está relacionado com a geometria do recife e esbeltez da onda incidente. A análise de regressão múltipla entre essas variáveis (realizada com 95% da série temporal) obteve R2= 0.901 (p<0.0001; ic =0,95; cc= 0,949). A partir desta análise uma equação empírica foi proposta e validada com os 5 % restante da série temporal indicando um erro médio absoluto de 7 % no Kt calculado. Os dados de onda obtidos pelo fundeio dos ondógrafos foram, ainda, utilizados na implementação do modelo numérico MIKE 21 SW na área de estudo. A utilização dessa ferramenta computacional permitiu a elaboração de dois cenários hipotéticos, onde a transmissão das ondas foi analisada sem a presença dos recifes, e com a elevação de 1 m no nível do mar. A comparação da altura da onda, desses cenários, com o cenário atual, indicou um aumento de aproximadamente 30 % e 50 %, respectivamente, da energia da onda incidente na costa. A partir dos resultados levantados nesta pesquisa, ficou evidente a influência que os recifes submersos, presentes em Recife e Jaboatão dos Guararapes, provocam na dissipação de energia das ondas, ressaltando a importância dessas estruturas nos processos locais de dinâmica costeira |