Estratégias adaptativas dos zoantídeos Palythoa caribaeorum e Zoanthus sociatus (Cnidaria, Anthozoa) nos recifes costeiros do litoral de Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SILVA, Janine Farias da
Orientador(a): PEREZ, Carlos Daniel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16570
Resumo: Globalmente, estima-se que quase meio bilhão de pessoas vivem a menos de 100 quilômetros de ecossistemas recifais, beneficiando-se da produção e proteção que esses locais proporcionam. O impacto de mergulhadores e visitantes nesses ambientes inclui o contato com as nadadeiras provocando quebras dos corais e a ressuspensão do sedimento e o pisoteio e permanência sobre os recifes. Entre as espécies que melhor caracterizam os recifes de arenito brasileiros estão os zoantídeos Palythoa caribaeorum e Zoanthus sociatus, abundantes até mesmo em áreas com fluxo intenso de turistas, característica percebida em uma das praias mais visitadas do Brasil, a praia de Porto de Galinhas. O presente estudo avaliou a dinâmica ocupacional de Palythoa caribaeorum e Zoanthus sociatus e as estratégias adaptativas das espécies em recifes pernambucanos a partir da cobertura desses zoantídeos e variação dela no tempo e espaço tomando como base a taxa de crescimento e a capacidade adaptativa através da variação microanatômica em P. caribaeorum; e morfométrica em P. caribaeorum e Z. sociatus. Para resultados comparativos sobre a taxa de crescimento de P. caribaeorum foram utilizados colônias da praia de Suape. A cobertura de Zoanthus sociatus foi maior nos recifes pisoteado e não pisoteado de Porto de Galinhas e a altura, diâmetro e volume dos pólipos de Z. sociatus e P. caribaeorum sofreram alterações considerando localidade (recife pisoteado e não pisoteado e períodos seco e chuvoso). A espessura da mesogléia de P. caribaeorum foi a medida microanatômica que mais se notou variação entre os recifes, incluindo o infralitoral. Em relação ao crescimento das colônias de P. caribaeorum, não houve diferença entre as praias nem entre os recifes de Porto de Galinhas e no infralitoral, porém no período seco ocorreu uma diminuição na taxa de crescimento no recife pisoteado. O presente estudo confirma a ideia da alta plasticidade fenotípica de P. caribaeorum e Z. sociatus em resposta a distúrbios ambientais até mesmo em nível microanatômico em P. caribaeorum o qual garante o sucesso ocupacional das espécies. Também reforça o papel fundamental de P. caribaeorum na dinâmica de funcionamento dos recifes costeiros graças a seu crescimento rápido e contínuo, além de estratégias competitivas.