Morfologia, filogenia molecular e ciclo sexual de isolados entomopatogênicos do complexo de espécies Fusarium incarnatumequiseti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Ana Carla da Silva
Orientador(a): OLIVEIRA, Neiva Tinti de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36069
Resumo: O gênero Fusarium, conhecido principalmente por compreender importantes patógenos de plantas e produtores de micotoxinas, tem emergido como um grupo abundantemente associado a insetos. O complexo de espécies Fusarium incarnatum-equiseti (FIESC) é um dos mais ricos em linhagens entomófilas e apresenta um dos níveis mais pronunciados de especiação críptica. Isolados do FIESC obtidos de insetos no Nordeste do Brasil foram investigados com os objetivos de determinar as espécies filogenéticas a que pertencem; descrever as características morfológicas dessas espécies; investigar a ocorrência de reprodução sexuada no FIESC e isolamento reprodutivo entre as espécies estudadas. Análises filogenéticas multi-locus baseadas em sequências de cinco loci resolveram os 33 isolados entomopatogênicos em três espécies filogenéticas do clado Incarnatum do FIESC  FIESC 16, FIESC 17 e FIESC 20. Desses, 20 (60,60%) apresentaram o idiomorfo MAT1-1 e 13 (39, 40%) apresentaram o idiomorfo MAT1-2, sendo todos heterotálicos. Peritécios férteis foram produzidos em 6% dos cruzamentos intra-específicos após duas a três semanas. Cruzamentos interespecíficos não resultaram em peritécios férteis. Foi demonstrada a existência de um estágio sexual em espécies do clado Incarnatum pela primeira vez, sugerindo que ciclos sexuais anteriormente desconhecidos contribuem para a alta diversidade genética no grupo. Duas novas espécies foram descritas como Fusarium caatingaense e Fusarium pernambucanum. Essas espécies apresentaram características morfológicas em comum, como a produção de vários tipos de conídios aéreos formados em mono e polifiálides, e diferem entre si nas dimensões e morfologia de seus conídios esporodoquiais. A progênie de duas gerações de cruzamentos a partir dos parentais mais férteis foi testada quanto à fertilidade feminina, a fim de selecionar testadores fêmeas férteis para o diagnóstico de espécies biológicas. Estes testadores poderão ser úteis na elucidação de limites de espécies no FIESC, contribuindo para o conhecimento das linhagens dentro deste complexo de importância clínica e agronômica.