Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Patrícia Duarte Costa |
Orientador(a): |
ROLIM NETO, Pedro José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24539
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Resumo: |
Thuja occidentalis Linn. (Cupressaceae), é tradicionalmente utilizada na homeopatia e fitoterapia para o tratamento de diversas doenças. A espécie vegetal é descrita por apresentar atividade antiviral, anti-inflamatória e anti-cancerígena, por isso, tem sido muito explorada para tratar condilomas provocados pelo Papilomavírus humano (HPV). Este é responsável por grande parte dos casos de câncer cervical em todo o mundo. Diversos tratamentos já estão disponíveis, contudo o arsenal terapêutico ainda é limitado, havendo a necessidade por novas alternativas de curas com baixos índices de efeitos adversos. Apesar dos relatos sobre atividade anti-HPV demonstrada por T. occidentalis, estudos direcionados à produção tecnológica de formas farmacêuticas preparadas a partir do vegetal ainda são escassos. Logo, o presente trabalho objetivou desenvolver e validar o método analítico por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) para a quantificação do marcador quercitrina na tintura, no extrato bruto e na formulação semissólida contendo 10% da tintura de T. occidentalis. Adicionalmente, foram realizados testes preliminares de estabilidade da forma farmacêutica a fim de verificar possíveis indícios de instabilidade. A tintura a 10% (p/v) foi elaborada com etanol 70 °GL por digestão, sendo analisada quanto à densidade, teor alcóolico, resíduo seco e pH. O extrato bruto foi obtido pela secagem da tintura em evaporador rotativo, sendo avaliado também quanto ao teor de quercitrina por CLAE. Para o método de doseamento da tintura foi empregada coluna C18 (250 x 46 mm, 5 μm), a 32°C, fluxo de 0,8 mL/min com detecção de 255 e 345 nm. A fase móvel foi composta por água acidificada 0,3% de ácido acético pH 3,1 (A) e metanol (B) em sistema gradiente. O extrato bruto foi doseado em condições de análise semelhante aos da tintura com temperatura de 31°C. Os dois métodos foram validados segundo as normas oficiais e demonstraram resoluções adequadas para o marcador que eluiu aproximadamente em 17,45 min. Os métodos mostraram-se seletivos, específicos e lineares na faixa de 5-40 μg/mL e 5-50 μg/mL para a quercitrina na tintura e extrato bruto respectivamente. Exibiram boa precisão e exatidão, com recuperação acima de 99,84% do marcador, sem interferência da matriz vegetal. Os métodos apresentaram-se robustos com exceção para o tempo de retenção com a variação da temperatura. A tintura apresentou teor de quercitrina de 0,836 mg/mL e o extrato bruto, teor de 26,62 mg/g. Para a produção do gel foi utilizado os polímeros Carbopol 940® e hidroxipropilmetilcelulose (HPMC) com a finalidade de melhorar as propriedades mucoadesivas da formulação. No estudo de controle de qualidade, a forma farmacêutica apresentou pH compatível a mucosa vaginal com mucoadesão, espalhabilidade e viscosidade adequada. Na avaliação da estabilidade preliminar, a formulação fitoterápica apresentou conformidade, permanecendo estável após a realização da centrifugação, do estresse térmico e armazenamento à temperatura ambiente. O gel foi quantificado, fazendo pequenas modificações na metodologia previamente utilizada para a tintura nas mesmas condições de análise, a qual permitiu a recuperação de 19,17 mg/g de quercitrina a partir da matriz polimérica. Os métodos desenvolvidos mostraram ser adequados para o controle de qualidade da tintura e do extrato bruto, mas com necessidade de ajuste para o doseamento da formulação. |