Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
VELOSO, Marcelo Antonio Oliveira Santos |
Orientador(a): |
OLIVEIRA, Dinaldo Cavalcanti de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41798
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Resumo: |
Introdução: a cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a principal causa de morte súbita cardíaca (MS) em jovens. A indicação do cardiodesfibrilador implantável (CDI) profilático reduziu a incidência de MS, porém as recomendações para implante são divergentes e tendem a super ou subestimar o risco real de MS. Objetivo: avaliar a concordância na indicação de CDI como profilaxia primária de MS em pacientes com CMH, conforme recomendações da European Society of Cardiology (ESC) 2014 e American Heart Association (AHA) 2020; estudar a correlação entre fibrose miocárdica, QRS fragmentado (QRSf) e risco de MS. Metodologia: coorte retrospectiva com 81 pacientes avaliados entre março de 2019 e fevereiro de 2021 no ambulatório especializado do Hospital das Clínicas de Pernambuco. Foram incluídos pacientes com CMH e ≥ 16 anos. Critérios de exclusão: CDI como profilaxia secundária, seguimento < 1 ano e dados incompletos. O coeficiente Kappa foi utilizado para determinar o grau de concordância entre as diretrizes. Curvas de sobrevida e incidência foram determinadas pelo método de Kaplan-Meier. Foi considerado significativo valor p ≤ 0,05. Resultados: três dos sete choques apropriados aconteceram em paciente de baixo-a-moderado risco pela ESC 2014. Três dos choques apropriados ocorreram em pacientes de moderado risco e quatro choques em doentes de alto risco pela AHA 2020. A concordância geral das recomendações foi 64% com Kappa de 0,270 (p=0,007). A análise por estatística C não demonstrou diferenças em relação à incidência de choque apropriado (p=0,644). Em 36 (44,4%) pacientes foi identificado QRSf. Não houve diferenças significativas entre pacientes com e sem QRSf em relação parâmetros clínicos, ecocardiográficos, fibrose e risco MS. Durante seguimento de 4,8 ± 3,4 anos, não houve MS, porém 7 (20,6%) pacientes com CDI tiveram ao menos um choque apropriado. Ocorreram 4 (4,9%) internamentos por insuficiência cardíaca e 6 (7,4%) eventos cerebrovasculares não fatais. Conclusão: os algoritmos de estratificação de risco de MS apresentam discrepâncias na indicação de CDI, ambos com baixa acurácia. A ESC apresentou melhor especificidade e a AHA obteve ótima sensibilidade. A presença de QRSf tendeu a indicar pior desfecho, porém não houve diferenças significativas entre os grupos. |